Dia Mundial da Higienização de Mãos: a importância da prática em nossas vidas
Publicado em:05/05/2020
Hoje é comemorado o Dia Mundial da Higienização de Mãos, dia em que o Centro de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP) sempre realizou ações para conscientizar as pessoas a respeito dessa técnica por intermédio da Comissão de Controle de Infecção e Segurança do Ambiente (CCISA). A Campanha Anual de Higienização das Mãos promove palestra seguida de dinâmica com gel luminescente, demonstrando, assim, a correta higienização das mãos, na qual é utilizada a técnica recomendada pelo Ministério da Saúde.
As ações têm uma grande adesão de participantes, principalmente os usuários dos Serviços de Saúde fornecidos pelo Cesteh. Porém, este ano, as ações não serão feitas presencialmente devido ao atual momento. Mas, por conta da pandemia, falar desse assunto se torna ainda mais importante, já que a correta higienização de mãos é a uma das principais prevenções contra a infecção.
E, objetivando reforçar e alertar sobre a importância do dia, a coordenadora da Comissão de Controle de Infecção e Segurança do Ambiente (CCISA), do Cesteh, Wilma D’Elia Moutinho, escreveu uma mensagem abordando conceitos pouco divulgados para reforçar o valor dessa prática não só em tempos de pandemia, mas durante toda a nossa vida.
Leia a mensagem da Wilma D’Elia Moutinho
“Grande é a participação dos trabalhadores e dos usuários dos Serviços de Saúde, intensificando a importância da Higienização de Mãos como promotora da saúde. Infelizmente, porém, este ano, não poderemos realizá-la em virtude da quarentena/Isolamento pelo Covid-19.
Muitas pessoas, em todo o mundo, são atendidas por Unidades de Saúde que não possuem o essencial para um atendimento de qualidade seguro, incluindo: água, saneamento, materiais de higiene e a segregação correta de resíduos.
Uma em cada quatro Unidades de Saúde carece de serviços básicos de água, e um em cada cinco não possui serviços de saneamento - impactando 2,0 bilhões e 1,5 bilhão de pessoas, respectivamente.
Quarenta e dois por cento das instalações, em todo o mundo, não têm higiene das mãos nos pontos de atendimento, e 40%, em todo o mundo, não têm sistemas de segregação de resíduos. Essas são informações da Organização Mundial de Saúde-2019.
A cada ano, centenas de milhões de pacientes, em todo o mundo, adquirem Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras), consideradas um dos mais frequentes e graves eventos adversos (EA) adquiridos durante a assistência nos Serviços de Saúde.
Todavia, a baixa adesão e a melhoria dessa prática são preocupações mundial.
Nesse cenário, ações mais assertivas devem ser implementadas com intuito de garantir eficiência e efetividade na prática de higiene de mãos, por meio de uma estrutura adequada e promoção sistemática de intervenções educativas nos Serviços de Saúde em todos os processos de cuidado.
Para entender os objetivos das diversas abordagens à higienização das mãos, o conhecimento da microbiota normal da pele é importante. A pele consiste no revestimento do organismo, indispensável à vida, pois isola componentes orgânicos do meio exterior, impede a ação de agentes externos de qualquer natureza, evita perda de água, eletrólitos e outras substâncias do meio interno, oferece proteção imunológica, entre outras ações.
A microbiota transitória, que coloniza a camada superficial da pele, sobrevive por curto período e é passível de remoção pela higienização simples das mãos, com água e sabão ou álcool gel, por meio de fricção mecânica. É frequentemente adquirida durante contato direto com o paciente, ambiente, produtos e equipamentos contaminados.
Em tempos de pandemia, é mais uma oportunidade valiosa de adotarmos essa prática e evitar, assim, a disseminação desse vírus tão danoso.”
Wilma D’Elia Moutinho
Coordenadora da Comissão de Controle de Infecção e Segurança do Ambiente (CCISA/Cesteh/ENSP)
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