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'Cuidados Paliativos' é tema de oficina na Fiocruz

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Publicado em:01/07/2019
'Cuidados Paliativos' é tema de oficina na FiocruzO Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) promoveu a II Oficina de Cuidados Paliativos. Este ano, a atividade apresentou — como tema central — as ferramentas de humanização no contexto atual do SUS. O evento teve participação de especialistas da área, que atuam em diversas instituições de saúde, dentre eles pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública. Ao todo, aconteceram nove mesas distintas. 
 
A mesa de abertura foi composta com a diretora do INI, Valdiléia Veloso, o vice-diretor de ensino, Mauro Carneiro Brandão, o vice-diretor de serviços clínicos, Estevão Portela, e a assistente social e co-coordenadora do GEPCP/Dihs/ENSP, Ana Paula Brangança.
 
Ao fazer um realce na importância do trabalho de Cuidados Paliativos no INI, a diretora, ValdicéiaVeloso, reforça o compromisso de aumentar a área de cuidados paliativos no instituto e salienta a importância do trabalho coletivo. “Eles são realizados em grupos, prestando atenção nos que atuam com o serviço, bem como maior atenção para os pacientes e sua família”, conclui ela. 
 
A assistente social e co-coordenadora do GEPCP/Dihs/ENSP, Ana Paula Brangança, proferiu sua fala na mesa de abertura e trouxe grande esperança para todos. “Um prazer ratificar essa parceria com o INI e duplamente feliz pela votação que acontece na Alerj, para a quebra do veto do projeto de Lei 4.329/18, que implementa o Programa Estadual de Cuidados Paliativos”, expressou a assistente social, recordando o valor da população sobre os cuidados paliativos. “Não adianta ter profissionais formados, e os cidadão não entender o que é o cuidado.” 
 
A professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da ENSP Élida Hennington foi uma das convidadas e falou sobre o tema da Trajetória e Desafios da Humanização no Rio de Janeiro, resgatando a história desse caminho.
 
A pesquisadora deu um panorama geral da Política Nacional Humanizada (PNH) — implementada pelo Ministério da Saúde no ano de 2003 — e explica que não existe uma portaria específica para o programa. “A política de humanização foi pensada em sentido de transversalizar as ações práticas no âmago do SUS.”
 
'Cuidados Paliativos' é tema de oficina na Fiocruz
 
Ela considera que a concretização da PNH foi um marco, no sentido de articular várias iniciativas de humanização, já que essa política — teoricamente — não teve início ali, tendo em vista as experiências anteriores, em especial aquelas voltadas à área hospitalar. “A PNH proporcionou criar estratégias, diretrizes e dispositivos com o propósito de melhorar o cuidado e enfrentar os desafios relacionados à qualidade e dignidade no cuidado de saúde, redesenhar e articular essas iniciativas no SUS e enfrentar esses problemas na questão de gestão”, avalia Élida.
 
Fazer a Política acontecer foi um dos pontos abordados pela professora, uma vez que ‘a política não se constrói com portaria e sim com pessoas’. Ela questiona quais os caminhos para realizar essa estratégia e esclarece, sendo um ponto importante, pautar a humanização. “Ela está na nossa imagem objetiva. Queremos cuidar bem das pessoas. Nós, como trabalhadores da saúde, queremos ser bem cuidados e isso precisa ser colocado no ciclo”, reitera ela citando, também, outros meios, como a implementação do método de inclusão, dar voz e vez aos trabalhadores e usuários, sustentar e fortalecer as experiências locais e promover os movimentos coletivos e, por fim, dar sentindo ao trabalho, potencializando novas ideias e ações, visto que assim ‘promoveremos um cuidado para aquele que sofre.’
 
A relevância da comunicação em saúde
 
Comunicação de notícias difíceis: um direito em saúde foi tema da palestra da assistente social e co-coordenadora do GEPCP/DIHS/ENSP, Ana Paula Brangança. “Comunicação tem um alicerce central nos direitos humanos”, salientou Ana, lembrando ser a comunicação a nossa existência no mundo. 
 
A assistente aprofundou o temática de comunicação em saúde e defendeu ser um direito do paciente saber a verdade. “A comunicação com o paciente é primordial, e nisso a verdade precisa ser trabalhada, porque ela ameniza o ruído.”
 
As várias formas de comunicação também foram abordadas na palestra. Expressões corporais, gestos feições são formas de comunicação e, segundo Ana, influenciam no contato com o outro. “Até mesmo o silêncio é uma forma de se comunicar; para isso precisamos estar atentos”, abordou.
 
Ao finalizar sua fala, Ana salienta que, para essa comunicação de notícias difíceis ser branda, o profissional necessita perceber o paciente. “Eu preciso entender o outro para me comunicar; preciso me esvaziar para entender o que o outro quer. A comunicação tem que ser feita na linguagem do paciente”, lembra ela, logo em seguida, explicando que "mesmo atendendo pessoas com a mesma problemática, a comunicação será sempre diferente".
 
O evento transcorreu durante todo o dia, no auditório do INI, com debates de diversos tema para o enriquecimento de informações acerca de cuidados paliativos.
 
'Cuidados Paliativos' é tema de oficina na Fiocruz
 
 
*Por Thamiris de Carvalho, sob a supervisão de Luciene Paes 
*Thamiris de Carvalho é estagiária de jornalismo da Coordenação de Comunicação Institucional da ENSP. Luciene Paes é jornalista da Coordenação de Comunicação Institucional da ENSP. 
 

 


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