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'Cadernos de Saúde Pública' de setembro está disponível 'on-line'

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Publicado em:19/09/2018
'Cadernos de Saúde Pública' de setembro está disponível 'on-line'Já disponível on-line o Cadernos de Saúde Pública (vol. 34 n.9), de setembro de 2018, com destaque para participação das editoras do periódico na mesa-redonda A Quem Serve a Publicação Científica em Saúde Coletiva/Saúde Pública?, no Abrascão 2018. Na oportunidade, Marilia Sá Carvalho, Luciana Dias de Lima, Cláudia Medina Coeli lembraram que, desde 2014, o CSP apresentou temas debatidos no 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão 2018), a exemplo de uma das mesas do evento, Trinta Anos de SUS: uma transição necessária, mas insuficiente. Também foi publicado debate sobre a pós-graduação no Brasil, que contribuiu para a avaliação dos programas em 2014, com uma afirmação sobre o esgotamento do modelo quantitativista. 
 
Além de diversos outros temas do Congresso, inclusive sobre a internacionalização da ciência, entendido como ser lido e citado por autores de países desenvolvidos, especialmente de língua inglesa, que publicam em revistas de alto impacto. Mas, na opinião das editoras, para o fortalecimento de redes de pesquisa, voltadas a enfrentar os problemas que temos em comum, inclusive o da subordinação científico-tecnológica, os olhos devem estar virados para os países ibero-americanos, para a África e outras regiões em desenvolvimento.
 
O periódico de setembro traz, na seção Ensaio, o artigo Biopolíticas do aleitamento materno: uma análise dos movimentos global e local e suas articulações com os discursos do desenvolvimento social, que tem como objetivo analisar as articulações entre a produção das biopolíticas de amamentação e os discursos produzidos sobre desenvolvimento social após o período pós-guerra, com vistas à problematização da dicotomia natureza/cultura, mediante a qual a amamentação é frequentemente operada.
 
Na seção Comunicação Breve, o artigo Síndrome congênita do Zika vírus em lactentes: repercussões na promoção da saúde mental das famílias discute os impactos na promoção da saúde mental nas famílias a partir do diagnóstico de infecção pelo vírus zika na gestante e/ou a presença da síndrome congênita do zika vírus (SCZV) na criança. Busca, ainda, favorecer uma reflexão a respeito da construção do vínculo mãe-bebê nesse cenário. 
 
O artigo Problemas de comportamento internalizantes e externalizantes e uso de substâncias na adolescência investigou a relação entre problemas de comportamento externalizantes (PCE), internalizantes (PCI) e desses, concomitantemente, (PCEI) no início da adolescência (11 anos) e o consumo de substâncias (bebidas alcoólicas, tabaco e drogas ilícitas) aos 15 anos, utilizando dados da coorte de nascimentos de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, de 1993. Os problemas de comportamento foram avaliados pelo Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) aplicado às mães quando os filhos tinham 15 anos. O consumo de substâncias foi avaliado por meio de questionário sigiloso autoaplicado ao adolescente. A associação entre problemas de comportamento e uso de substâncias foi analisada por meio de regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. Ações de saúde pública que atuem na redução dos problemas de comportamento no início da adolescência poderão diminuir o consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas aos 15 anos.
 
No artigo Avaliação de coberturas vacinais de crianças em uma cidade brasileira de médio porte utilizando registro informatizado de imunização são avaliadas as coberturas oportunas e atualizadas de crianças de 12 a 24 meses. O estudo baseia-se na população de Araraquara, São Paulo, uma cidade de médio porte predominantemente urbana. As coberturas foram avaliadas para 49.741 crianças nascidas entre 1998 e 2013, período com cinco calendários de vacinação diferentes. A cobertura atualizada do esquema completo variou entre 79,5% e 91,3%, aos 12 meses, e entre 75,8% e 86,9%, aos 24 meses. Os atrasos em relação à idade recomendada se acentuam em doses a partir dos seis meses e parecem estar mais relacionados à idade do que ao número de doses do esquema. Apesar do aumento do número de doses no calendário vacinal, foram alcançadas altas coberturas atualizadas e coberturas oportunas maiores que as encontradas na literatura nacional e internacional; porém, são necessários mais esforços para aumento da oportunidade. 
 
Near miss neonatal precoce identificado com base em Sistemas de Informação em Saúde é um artigo baseado no estudo de validação concorrente entre três definições para identificação de casos de near missneonatal precoce, realizado em hospital universitário com nascidos vivos ocorridos em 2012. Dos 2.097 nascidos vivos estudados, 33 foram a óbito no período neonatal precoce, e o número de casos de near miss neonatal precoce variou segundo a definição adotada: 153 (definição Silva), 194 (definição Pileggi-Castro) e 304 (definição SIS). Os resultados mostram que a definição SIS apresenta sensibilidade e especificidade próxima às outras definições e sugere ser possível monitorar o near miss neonatal precoce com uso apenas de dados disponíveis nos sistemas oficiais de informações em saúde.
 
Já o artigo Ambiente alimentar: validação de método de mensuração e caracterização em território com o Programa Academia da Saúde tem por base um estudo ecológico desenvolvido em 18 unidades do Programa Academia da Saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. As variáveis do ambiente alimentar da comunidade investigadas foram: tipo de estabelecimento e localização; e do ambiente do consumidor: disponibilidade, variedade, preço e propaganda de frutas e hortaliças, e disponibilidade e variedade de alimentos ultraprocessados; e aspectos higiênico-sanitários. Dos 298 estabelecimentos auditados, a maioria era sacolões e feiras-livres (61,3%) e apresentavam maior disponibilidade de alimentos saudáveis, mas também comercializavam de forma expressiva alimentos ultraprocessados (60,7%). Quanto às condições sanitárias, 1/3 dos estabelecimentos foi reprovado. Foi baixa a validade das bases secundárias, reforçando a necessidade de realizar auditoria nos estabelecimentos. Os estabelecimentos investigados apresentaram presença marcante de alimentos ultraprocessados e inadequadas condições higiênico-sanitárias.
 
Os demais artigos podem ser acessados no Cadernos de Saúde Pública (vol. 34 n.9), de setembro de 2018.
 
 

Fonte: CSP vol. 34 n. 9
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