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Estudo da ENSP detecta leishmaniose em animais de moradores do Campus Fiocruz da Mata Atlântica

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Publicado em:22/06/2017

Estudo da ENSP detecta leishmaniose em animais de moradores do Campus Fiocruz da Mata AtlânticaAvaliar, por meio de diferentes métodos laboratoriais, a soroprevalência da leishmaniose, toxoplasmose e leptospirose nos cães, gatos e aves de produção pertencentes aos moradores do Campus Fiocruz da Mata Atlântica (CFMA) e arredores, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, foi o objetivo da dissertação do aluno de mestrado em Saúde Pública da ENSP Renato Orsini Ornellas, sob orientação do pesquisador Fabiano Borges Figueiredo. A região estudada representa, atualmente, uma das principais frentes de crescimento urbano no município do Rio de Janeiro, situando-se numa fronteira entre o ecossistema natural e o antrópico (modificado pelo ser humano), sendo composto de seis comunidades que somam 220 unidades habitacionais e 821 moradores. Nesse contexto, conforme relata Ornellas, a presença de animais de companhia (cães e gatos) e de criação (equinos, bovinos, suínos, aves) soltos no interior do CFMA proporciona um cenário de intensa interação entre humanos, seus animais e a fauna silvestre, compondo um ambiente favorável à transmissão de patógenos causadores de zoonoses. Os resultados apresentados nesse estudo, realizado  no período entre 2012 e 2014, demonstram a soroprevalência de Leishmania sp.Toxoplasma gondii e Leptospira spp. em cães, gatos, galinhas e patos residentes em ambiente antropizados da Mata Atlântica, no município do Rio de Janeiro. “É possível, ainda, correlacionar essa soroprevalência entre essas espécies de animais domésticos e o ambiente de moradia”, analisa.

O trabalho do aluno tratou-se de um estudo seccional, com amostras obtidas por meio de inquérito censitário, no qual foram coletados sangue para avaliação,  por meio de diferentes métodos laboratoriais, obtendo-se como resultado dois cães positivos (1,2%) para a leishmaniose pelo método DPP como triagem, confirmados pelo método ELISA; 60 cães (37,2%) positivos para a toxoplasmose pelo método RIFI;  10 cães (6,2%) positivos para a leptospirose pelo método SAM; 17 gatos (32,1%) positivos para toxoplasmose pelo método RIFI; e 10 aves (18,2%) positivas para a toxoplasmose pelo método MAT.

Intitulado Soroprevalência de leishmaniose, toxoplasmose, leptospirose, em ambiente antropizado da Mata Atlântica no município do Rio de Janeiro, o estudo foi apresentado, em fevereiro, por Renato Orsini Ornellas, graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Fluminense (2006). Ele foi médico veterinário, colaborador do setor de Clínica Médica de pequenos animais do Hospital Universitário Veterinário Professor Firmino Mársico Filho (UFF) durante o ano de 2007. Com pós-graduação em Clínica Médica e Cirúrgica em Pequenos Animais pela Universidade Castelo Branco em 2009 e em Homeopatia pelo Instituto Hahnemanniano do Brasil, possui experiência em Homeopatia Veterinária, Clinica de Pequenos Animais e Zoonoses. Atualmente, participa do Programa de Manejo da Fauna Silvestre e Controle de Zoonoses do Campus Fiocruz Mata Atlântica.


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