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ENSP apresenta novos dados da pesquisa Nascer no Brasil

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Publicado em:30/11/2016
Nesta quinta-feira (1/12), às 9 horas, durante o Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca lançará os novos resultados da pesquisa Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento. O novos dados estão publicados na revista Reproductive Health (suplemento (3) 2016;13), por meio de artigos que descrevem as práticas de atenção ao parto, suas consequências e ideias potenciais para intervenções que possam ajudar a mudar esse cenário. O editor científico da revista, José Belizan, e a pesquisadora Catherine Deneux-Tharaux, do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale (Inserm), Paris, estarão presentes no encontro coordenado pela pesquisadora Maria do Carmo Leal.
 
O país tem a maior taxa de cesarianas do mundo, correspondendo atualmente a 56% dos partos e a quase 90% no setor privado, o que leva a supor que essas cirurgias estão sendo realizadas por motivos não clínicos. De acordo com os resultados da pesquisa, a cesariana foi realizada em 45% das mulheres de baixo risco, sem nenhuma complicação obstétrica e que, simultaneamente, tornaram-se mães de recém-nascidos saudáveis. 
 
O novos dados apontam permanência do uso excessivo de intervenções obstétricas e baixo uso de boas práticas na atenção ao parto, elevada taxa de prematuridade, falhas na organização de serviços de atenção ao parto, dentre outros (confira abaixo os principais achados da pesquisa).
 
Principais achados
 
● Altas taxas de cesariana, principalmente no setor privado (88%), mas também em serviços públicos (43%);

● Uso excessivo de intervenções obstétricas e baixo uso de boas práticas na atenção ao parto;

● Taxa de prematuridade no país de 11,5%, quase duas vezes superior à observada em países europeus, sendo 74% destes prematuros tardios (34 a 36 semanas gestacionais);

● Muitos casos de prematuridade tardia no Brasil podem ser decorrentes de uma prematuridade iatrogênica em mulheres com cesarianas agendadas, com avaliação incorreta da idade gestacional;

● Grupos de Robson 2 (primíparas com gestação única, a termo, cefálica com parto induzido ou cesariana eletiva), Grupo 5 (multípara com gestação única, a termo, cefálica com cesariana prévia) e Grupo 10 (gestação prematura em apresentação cefálica) respondem por mais de 70% das cesarianas no país, tanto em serviços públicos como privados; 

● Falhas na organização dos serviços de atenção ao parto: 32,8% das mulheres com complicações na gravidez atendidas em serviços sem leitos de UTI;

● Baixa adequação (35%) dos serviços de atenção ao parto com financiamento público no Brasil

ENSP apresenta novos dados da pesquisa Nascer no Brasil

Serviço
Lançamento dos novos resultados da pesquisa “Nascer no Brasil”
Local: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (salão internacional 4º andar)
Dia: 01/12/2016
Horário: 9horas

Seções Relacionadas:
Centro de Estudos Pesquisa

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