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Fórum de Pós-graduação divulga Carta de Brasília

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Publicado em:16/11/2016
Fórum de Pós-graduação divulga Carta de BrasíliaO Fórum de Coordenadores de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) se reuniu, nos dias 8 e 9 de novembro, na Fiocruz Brasília, para discutir quais as prioridades na avaliação de programas em Saúde Coletiva. Críticas e sugestões de mudança ao atual sistema de avaliação praticado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), foi um ponto de debate importante durante o encontro, faltando dois meses para o final do quadriênio desta avaliação. O Fórum renovou parte da coordenação, elegendo Mônica Angelim Gomes de Lima, do Programa de Pós-graduação em Saúde Ambiente e trabalho da Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA), como nova integrante da coordenação do Fórum, juntamente com Silvana Granado, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) e Adauto Emmerich, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Diante do contexto nacional de ameaça aos direitos constitucionais, à seguridade social, à educação e ao Sistema Único de Saúde (SUS), O Fórum de posicionou publicamente através da Carta de Brasília, documento que reafirma o compromisso histórico da Saúde Coletiva com a construção de uma sociedade solidária, justa e democrática.

Leia a matéria na íntegra no site da Abrasco

Leia abaixo a carta:

Carta de Brasília

Nós, professores e pesquisadores do ensino superior brasileiro e de instituições de pesquisa, coordenadores dos Programas de Pós-graduação em Saúde Coletiva, diante do contexto nacional de ameaça aos direitos constitucionais, à seguridade social, à educação e ao Sistema Único de Saúde (SUS), nos posicionamos publicamente através desta Carta. Nossa área, a Saúde Coletiva, nasce nos anos 70 num contexto de intensas e marcantes desigualdades sociais e territoriais, com extrema concentração de renda e indicadores sociais e de saúde catastróficos. Frente a este contexto construímos nossa base teórica, política e ética comprometidos com a construção de uma sociedade solidaria, justa e democrática. Apostamos na construção de políticas públicas inclusivas e garantidoras de direitos sociais e universais, como fundamento da cidadania.

O SUS é, sem dúvida, a expressão dessas propostas para a saúde. Somos parte integrante deste processo e responsáveis pela formação de milhares de mestres e doutores, que atuarão em serviços de saúde, ensino, na gestão governamental, na produção de pesquisa e tecnologia, entre outros. Nossa responsabilidade é tamanha, pois entendemos que uma formação crítica é base para a constituição de profissionais e pesquisadores, que não se furtem a refletir criticamente sobre o mundo em que se vive e o mundo que se pretende construir. A proposta de redução ou congelamento de recursos públicos para as áreas sociais é inadmissível, os impactos serão sofridos pela população, especialmente pelos grupos mais vulneráveis. Toda a trajetória de conquistas dos últimos 30 anos está em jogo, não podemos nos furtar a esse debate.

Reafirmamos a importância de ampliarmos essa discussão no âmbito de nossas instituições e da sociedade. Como integrantes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), assumimos a luta pela garantia dos Direitos Constitucionais, a luta pelo direito à Saúde, pelo SUS, pela Seguridade, pela Educação e todo o conjunto de políticas sociais. Reafirmamos o compromisso histórico da Saúde Coletiva com a construção de uma sociedade solidaria, justa e democrática. Nenhum direito a menos!

Brasília, reunião do Fórum de Pós-graduação, realizada nos dias 8 e 9 de novembro de 2016.

Fonte: Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)

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