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Perfil da Enfermagem divulga resultados do Espírito Santo

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Publicado em:18/06/2015
Perfil da Enfermagem divulga resultados do Espírito SantoNesta quinta-feira (18/6), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) divulgaram os resultados da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil no Estado do Espírito Santo. O estudo, aplicado em todo território nacional e nos 27 estados da Federação, ouviu mais de 32 mil auxiliares, técnicos e enfermeiros do ES. A pesquisa aponta um quadro de 79,7% de técnicos e auxiliares e 22,6% de enfermeiros naquele estado. O estudo teve apoio do Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo.
 
Confira os principais resultados da pesquisa para o Espírito Santo.
 
Onde trabalham?
 
No quesito mercado de trabalho no Espírito Santo, 47% das equipes de enfermagem encontram-se no setor público; 26,7% no privado; 32,6% no filantrópico e 5,4% nas atividades de ensino. No Espírito Santo, 66% da equipe de enfermagem declaram desgaste.
 
Renda mensal
 
Considerando a renda mensal de todos os empregos e atividades que a equipe de enfermagem exerce, constata-se que 0,8% de profissionais na equipe recebem menos de um salário-mínimo por mês. A pesquisa encontra um elevado percentual de pessoas (33,1%) que declararam ter renda total mensal de até R$ 1.000. Dos profissionais da enfermagem, a maioria (73,5%) tem apenas uma atividade/trabalho.
 
Os quatro grandes setores de empregabilidade da enfermagem (público, privado, filantrópico e ensino) apresentam subsalários. O privado (32,8%), o filantrópico (58%), o público (15,2%) e o de ensino (17%) praticam salários com valores de até R$ 1.000. Nestes, os vencimentos de mais de 70% (filantrópico), 36% (ensino), 51% (público) e 64% (privado) do contingente lá empregado não passa de R$ 2.000.
 
Masculinização
 
A equipe de enfermagem no Espírito Santo é predominantemente feminina, sendo composta por 88,7% de mulheres. É importante ressaltar, no entanto, que mesmo tratando-se de uma categoria feminina, registra-se a presença de 11,3% dos homens. “Pode-se afirmar que na enfermagem está se firmando uma tendência à masculinização da categoria, com o crescente aumento do contingente masculino na composição. Essa situação é recente, data do início da década de 1990, e vem se firmando”, afirma a coordenadora.
 
Profissionais qualificados
 
O desejo de se qualificar é um anseio do profissional de enfermagem do Espírito Santo. Os trabalhadores de nível médio (técnicos e auxiliares) apresentam escolaridade acima da exigida para o desempenho de suas atribuições, com 18% reportando nível superior incompleto e 8,2% tendo concluído curso de graduação. 
 
Desemprego aberto 
 
Dificuldade de encontrar emprego foi relatada por 44% dos profissionais de enfermagem. A área já apresenta situação de desemprego aberto, com 11,7% dos profissionais entrevistados relatando situações de desemprego nos últimos 12 meses.
 
Concentração na capital
 
No Espírito Santo, apenas 23,3% da equipe de enfermagem se concentra na Capital. 

Perfil da Enfermagem divulga resultados do Espírito Santo
 
Perfil da Enfermagem no Brasil
 
A enfermagem hoje no país é composta por um quadro de 80% de técnicos e auxiliares e 20% de enfermeiros. A conclusão é da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, cujos resultados também apontam desgaste profissional em 66% dos entrevistados e grande concentração da Força de Trabalho na Região Sudeste (mais da metade das equipes consultadas). O mais amplo levantamento sobre uma categoria profissional já realizado na América Latina é inédito e abrange um universo de mais de 1,8 milhão de profissionais. O estudo foi realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e apoio do Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo.
 
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área de saúde compõe-se de um contingente de 3,5 milhões de trabalhadores, dos quais cerca 50% atuam na enfermagem (cerca de 1,7 milhão). A pesquisa sobre o Perfil da Enfermagem, realizada em aproximadamente 50% dos municípios brasileiros e em todos os 27 estados da Federação, inclui desde profissionais no começo da carreira (auxiliares e técnicos, que iniciam com 18 anos; e enfermeiros, com 22) até os aposentados (pessoas de até 80 anos). 
 
“Traçamos o perfil da grande maioria dos trabalhadores que atuam do campo da saúde. Trata-se de uma categoria presente em todos os municípios, fortemente inserida no SUS e com atuação nos setores público, privado, filantrópico e de ensino. Isso demonstra a dimensão da pesquisa, que não contempla apenas os que estão na ativa, mas a corporação como um todo”, comenta a coordenadora-geral do estudo e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Maria Helena Machado. 
 
A pesquisa foi encomendada pelo Cofen para determinar a realidade dos profissionais e subsidiar a construção de políticas públicas. “Este diagnóstico detalhado da situação da enfermagem brasileira é um passo necessário para a transformação da realidade”, afirma o presidente do Cofen, Manoel Carlos Neri. 

Foto: Wagner Lacerda (ENSP)
 

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