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ENSP forma 196 novos mestres e doutores

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Publicado em:09/09/2013

Amanda de Sá
 

ENSP forma 196 novos mestres e doutoresA celebração de formatura de 196 alunos de doutorado e mestrado dos programas de Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente, Epidemiologia em Saúde Pública e Bioética foi marcada pela emoção entre professores, egressos e a Direção da Escola. A cerimônia fez parte do último dia (6/9) de comemorações do 59º aniversário da ENSP. Foram homenageados Fernando Telles, como paraninfo, Maria Cristina Rodrigues Guilam, como patronesse, além de pesquisadores renomados da Escola (in memoriam) como Victor Valla, Antenor Amâncio e Miguel Murat.

Carmelinda Monteiro Costa Afonso, oradora das turmas, falou, durante seu discurso, do compromisso social e da busca por conhecimento, que levou os alunos a escolherem a Escola para um ciclo de ensinamentos. A oradora questionou a possibilidade de produzir, propor e viabilizar caminhos coerentes e necessários para a saúde da população por meio dos trabalhos apresentados ao final de cada jornada. “A partir da observação de diferentes situações sociais, nossos projetos acadêmicos foram elaborados. A intenção de cada um era contribuir, de alguma forma, na aquisição do bem-estar, liberdade e felicidade da população, porque desejamos um país justo e democrático.”

O professor Fernando Telles, paraninfo da turma, mantendo o tom político nos discursos, relembrou o momento que o país vive e falou sobre o papel das pessoas mascaradas nas atuais manifestações. “Quem sabe o fato de se esconderem atrás de uma máscara é para esconderem o personagem e elevarem o discurso? Precisamos colocar máscaras para apagarmos o indivíduo e ficarmos com a teoria.” Além disso, Fernando ainda alertou que é preciso instigar os jovens a pesquisarem mais e não aceitarem uma ciência pronta.

Em sua fala, a patronesse Maria Cristina Guilam afirmou o compromisso da ENSP com a democracia, a transformação da sociedade e o aprimoramento do SUS e apresentou o cordel de uma egressa do Nordeste, que relatava as dificuldades vividas pelos alunos de doutorado.
 

ENSP forma 196 novos mestres e doutores

Tatiana Wargas, vice-diretora de Pós-Graduação, uma das homenageadas, foi reconhecida pela Direção com uma placa pelo trabalho desenvolvido nos três meses de gestão. “Foi muito bom receber essa equipe e perceber que eles têm uma institucionalidade criada que acompanha e leva essa Escola, o que pode nos ajudar a seguir construindo um pensamento crítico em saúde.”

O diretor da Escola, Hermano Castro, lembrou que a sociedade está vivendo momentos de grande apreensão social e política. “Certamente, cada linha de tese ou dissertação aqui produzida deve refletir, em algum instante, sobre o momento atual do país e pensar em resoluções dos problemas atuais que vivemos”. O diretor lembrou que cada texto escrito nesse processo está inserido no processo de 25 anos de construção do SUS e cada formando deve reproduzir o conhecimento adquirido em seu ambiente de trabalho. Sobre as passeatas com apelo para o SUS, Hermano afirmou que muito mais que usuários e clientes, a população passa a ser sujeito de transformação no processo de humanização do Sistema que Sergio Arouca tanto falava.

Já a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade, destacou que a Escola mantém sua tradição de ofertar um ensino de alta qualidade, seja no mestrado, seja no doutorado, fazendo com que cada aluno que passou pela instituição adote um compromisso social com a saúde pública brasileira. “Cada um de nós aqui presente contribui, de alguma maneira, com uma reflexão crítica que auxilia na construção de um projeto comum de sociedade mais justa e democrática, rompendo com as iniquidades existentes no país.”, encerrou.

Também estiveram presentes à solenidade a professora Silvana Granado, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, Nilson do Rosário Costa, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Sergio Rego, coordenador do Programa de Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva, e a pesquisadora Ilce Ferreira, representando Sergio Koifman, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente.


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