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ENSP e Alerj: convênio para apoiar comissão ambiental

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Publicado em:17/06/2013

ENSP e Alerj: convênio para apoiar comissão ambientalNa quinta-feira (13/6), o diretor da ENSP, Hermano Castro, recebeu a deputada estadual Janira Rocha, o ambientalista Sérgio Ricardo e o secretário-geral da Defensoria Social (formada por um colegiado de instituições que lutam em defesa do meio ambiente) Leonardo Morelli para dar início a dois convênios envolvendo a academia, o governo e os movimentos sociais. O primeiro é voltado para analisar os sítios contaminados existentes no estado. O segundo trabalhará em cima das contaminações ambientais e das populações dos lixões do Rio de Janeiro. Segundo o diretor Hermano, "existe uma demanda enorme na sociedade para que a academia aproxime suas pesquisas dos movimentos sociais, e é exatamente isso o que se pretende fazer ao darmos início a esses convênios".

A deputada Janira Rocha preside a Comissão Especial de acompanhamento do fechamento dos lixões e criação dos Centros de Tratamento de Resíduos (CTRs) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). A conversa com a Direção da Escola foi no sentido de que a ENSP apoie científica e tecnicamente o trabalho da comissão. O ambientalista Sérgio Ricardo explicou que “neste primeiro momento, o recorte que está sendo trabalhado, no caso dos lixões, são os ex-catadores de Itaoca, uma vez que há uma proliferação enorme de hanseníase e outras doenças nessas pessoas, que estão abandonadas com o fechamento dos lixões”, disse.

No caso dos sítios contaminados, Sérgio Ricardo revelou que, segundo o governo do estado e a Secretaria de Meio Ambiente, existem, em todo o Rio de Janeiro, 122 áreas, mas relatórios afirmam que esse número pode chegar a mais de 600. “O Rio de Janeiro é o único estado do país que não tem um inventário das áreas contaminadas, o que é obrigatório por uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)”, disse Ricardo, esperando que os convênios levem pesquisadores da Escola a analisarem melhor os riscos ambientais existentes nessas áreas.


“Estamos buscando essa articulação institucional porque casos como esses não se encerram nas Comissões. Precisamos continuar o debate e as pesquisas e, por isso, é fundamental maior articulação envolvendo a academia, o governo e os movimentos sociais. Além disso, acreditamos que a participação da ENSP na Alerj ajudará no fortalecimento do Fórum de Movimentos Sociais que está sendo implantado na Escola”, explicou Sérgio. O ambientalista se referiu à participação do pesquisador da ENSP Eduardo Stotz na reunião do dia 13/6. Stotz é responsável pelo Fórum de Articulação da ENSP com os Movimentos Sociais.

O diretor Hermano Castro lembrou que a Fiocruz já conta com uma representação na Comissão Especial da Alerj, que trata dos problemas relacionados à contaminação do solo no estado, principalmente de pessoas contaminadas em Volta Redonda, por meio do trabalho dos pesquisadores Marcelo Moreno e Paulo Bruno. “Vamos aproveitar o que já está em andamento na parceria Fiocruz/Alerj e trazer para o nosso convênio o trabalho do Laboratório de Monitoramento Epidemiológico de Grandes Empreendimentos (LabMep/ENSP), de forma a monitorar a população afetada pela contaminação ambiental do ponto de vista epidemiológico”, afirmou Hermano.


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