Pesquisador participa de programa sobre segurança do paciente
Publicado em:12/06/2013
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No dia 11/6, Walter Mendes, pesquisador da ENSP e representante da Fiocruz no Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), participou do programa do Canal Saúde Sala de Convidados, que debateu as ações e metas do PNSP. O programa foi transmitido ao vivo e recebeu diversas perguntas dos telespectadores. O vídeo está disponível online e pode ser acessado na página eletrônica do Canal Saúde.
Walter Mendes afirmou que, em toda profissão, há um risco inerente e o erro é humano. Então, segundo ele, na área da saúde não é diferente. Para Walter, a grande discussão de hoje é o que será feito, do ponto de vista gerencial, para que o erro médico não chegue ao paciente. “Esse é o grande desafio. Todas as novas tecnologias propostas para a gestão e com as quais lidamos vêm no sentido de fazer uma barreira para que o erro não se torne um grande problema”, disse. Os gestores, ele acrescentou, precisam agir para proteger os profissionais, pois eles passam por situações e trabalham em locais de constante estresse físico e emocional.
O programa também teve a participação de Ivone Evangelista Cabral, integrante do Conselho Nacional de Saúde, e Patrícia Fernanda Toledo Barbosa, coordenadora de Vigilância em Serviços Sentinela, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O suplente de Walter no Comitê e também pesquisador da ENSP, Victor Grabois, deu uma entrevista ao programa. Na opinião de Victor, se as instituições se organizarem melhor e, entre outras coisas, adotem protocolos e desenvolvam uma melhor cultura de segurança, esses eventos poderão ser evitados. Ele lembrou ainda que as mudanças não são e não devem ser feitas de uma hora para a outra.
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1 comentáriosANTONIO CARLOS RIBEIRO FILHO
13/06/2013 18:09
A segurança do paciente está diretamente relacionada às condições de trabalho dos trabalhadores da saúde. Estes trabalhadores são submetidos a longas jornadas de trabalho, com grande sobrecarga física e mental. A organização do trabalho no setor saúde é um grande desafio. A jornada de trabalho 12 horas de trabalho e 36 horas de descanso aliada aos baixos salários leva aos trabalhadores a manterem mais de um vínculo empregatício, com graves consequencias para a saúde. Eu espero que este programa considere a existência da Norma Regulamentadora 32 do Ministério do Trabalho e Emprego. Esta norma foi elaborada de forma tripartite (governo, trabalhadores e empregadores), sendo que a ANVISA teve papel importante. Face ao exposto, eu sugiro que o programa possa contar com a colaboração do Ministério do Trabalho e Emprego.
Antonio Carlos Ribeiro Filho
Auditor-Fiscal do Trabalho - Coordenador da Comissão Tripartite Permanente Nacional da NR32
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