Pós-graduação 2013: ENSP inicia processo seletivo
O sonho de ingressar na pós-graduação e fazer parte do quadro de alunos de uma das maiores instituições de saúde pública do país levou jovens, adultos, profissionais de diversos ramos da saúde e de diferentes regiões a participarem da primeira etapa do processo seletivo dos programas da ENSP, no domingo (30/9). Mais de 300 candidatos com inscrição homologada nos cursos de Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente e Epidemiologia em Saúde Pública vieram à instituição para as provas de inglês e escrita. Entre os candidatos, um discurso em comum: a qualificação para cumprir as exigências do mercado e a intenção de ingressar em uma instituição de referência no campo da saúde pública.
As inscrições para os programas de mestrado e doutorado na ENSP tiveram início em agosto. A primeira fase do processo de seleção terminou no domingo, com a aplicação das provas de inglês (eliminatória) e escrita (o curso de doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente e o de Epidemiologia em Saúde Pública não exigem essa forma de avaliação). O resultado das provas de inglês do mestrado e doutorado dos três programas será divulgado em 10 de outubro de 2012.
Ingressar na pós-graduação da ENSP impõe desafios aos candidatos, mas também cria uma série de expectativas para os coordenadores de curso, que tem buscado aprimorar o processo seletivo para acolher e reconhecer aqueles com maior vocação para a pesquisa, e, assim, manter o padrão de qualidade da instituição. Padrão este que é reconhecido pelos próprios aspirantes no momento de escolher em que instituição irá cursar a pós-graduação.
A qualidade da instituição
“O que me trouxe aqui foi a qualidade e a tradição da instituição. Já trabalho em um projeto de avaliação de programas e serviços de saúde, e a ENSP possui uma linha de pesquisa que se encaixa com meu trabalho”, afirmou a nutricionista Santuzza Arreguy Silva, que pretende ingressar no doutorado em Saúde Pública.
As exigências do mercado profissional também trazem as pessoas à ENSP. Foi isso que ocorreu com a fisioterapeuta Gilvânia Barreto Coutinho, que já possui titulação da Escola no curso de especialização em Saúde do Trabalhador. “Venho me preparando há dois anos e aqui estou para mais uma fase seletiva. A qualificação se tornou uma exigência do mercado. Ter um conhecimento a mais faz com que você apresente melhor desempenho na concorrência por uma vaga”, disse.
O discurso dos coordenadores dos cursos de pós-graduação da ENSP está de acordo com o dos candidatos. Para Reinaldo Souza Santos, do programa de Epidemiologia em Saúde Pública, cursar a pós-graduação na ENSP abre portas, pois os programas são bem consolidados e a exigência da instituição no processo seletivo já prepara os alunos para as respostas à instituição e ao mercado de trabalho. “O programa de Epidemiologia é relativamente novo, e temos feito mudanças na prova de seleção para captarmos os alunos que tenham condições de nos dar boas respostas nos trabalhos de conclusão de curso, além de enfrentar nossas disciplinas – que são bem exigentes. Um exemplo é que, desde o ano passado, incluímos na prova de seleção do mestrado questões de raciocínio lógico. Com isso, buscamos não somente avaliar o conhecimento dos candidatos, mas também sua capacidade de redação e comunicação escrita, fundamental para nós. O nível de exigência para o ingresso é rigoroso, mas estar na ENSP abre portas”, assegurou Reinaldo.
Reconhecimento internacional
Esse reconhecimento nacional e internacional foi um dos fatores que motivou o farmacêutico Leandro Carvalho a tentar o ingresso no mestrado em Saúde Pública e Meio Ambiente. Ele, que já trabalha na ENSP, também alertou para a continuidade do trabalho já desenvolvido. “Já conheço a ENSP há alguns anos por trabalhar na instituição. Meu interesse no mestrado é pelo fato de a Escola ser respeitada nos cenários nacional e internacional, o que traz um peso ao currículo. Além disso, permanecer no meu ambiente de trabalho e desenvolver o que já faço há alguns anos me motiva bastante.”
A coordenadora adjunta do Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente, Gina Torres Rego Monteiro, observou que a procura pelos programas de pós-graduação tem sido por pessoas cada vez mais novas. Essa mudança requer uma habilidade da parte dos pesquisadores, segundo ela. “Antigamente, as pessoas se formavam primeiro, iam trabalhar e só depois ingressavam na pós-graduação. O processo de seleção é sempre delicado, e temos buscado aprimorá-lo no sentido de realmente acolher aquelas pessoas com vocação para a pesquisa”, afirmou.
Bom desempenho dos alunos também é uma expectativa dos coordenadores
A expectativa de que os alunos tenham um bom desempenho nas provas de seleção também é uma preocupação do coordenador do programa de Saúde Pública, Nilson do Rosário Costa. Satisfeito com a grande procura de vagas para o primeiro curso stricto-sensu da ENSP, ele espera que os candidatos tenham noção da importância da prova de inglês – que é eliminatória – e comenta as inovações da Escola para o melhor acolhimento aos seus alunos.
“Possuímos um dos maiores programas de saúde pública do país, com 467 defesas de dissertações (mestrado acadêmico e profissional) e teses concluídas entre 2010 e 2012. Temos a expectativa de que os alunos tenham um desempenho adequado nessas condições iniciais de ingresso. Desde o ano passado, criamos uma nova regra de seleção para o doutorado: a aplicação da prova escrita. Ela foi muito bem reconhecida pelos demandantes. Ainda precisamos melhorar nossa captação de alunos estrangeiros, mas já inovamos com a aplicação de provas na modalidade a distância, quando os alunos fazem provas na embaixada brasileira em seu país, o que facilita sua vida”, garantiu.
Leia os demais depoimentos dos candidatos sobre o processo seletivo dos cursos de pós-graduação da ENSP
“Estou no processo seletivo para o doutorado. Minha expectativa em relação ao curso é a de desvendar assuntos relacionados à promoção da saúde, que é a minha linha de pesquisa. A Fiocruz é uma grande referência nessa área”. Carlos Vinícius, professor de educação física.
“O que me trouxe à ENSP é o fato de já fazer parte dessa área de saúde coletiva e me aprimorar a partir da longa experiência e conhecimento da Escola nesse campo.” Ana Paula, fisioterapeuta e sanitarista.
“Já sou aluno da ENSP na especialização. O que me trouxe à Escola foi seu nome, sua credibilidade, capacidade de produção científica e seu engajamento com o social. Sou da Bahia, e essas questões foram determinantes para a minha escolha. Vim para o Rio de Janeiro para estudar e trabalhar, e tudo foi aparecendo. Hoje em dia, trabalho com a pesquisadora Márcia Agostini no Núcleo de Saúde do Trabalhador”. Gilney Costa, psicólogo.
(Fotos: Lafayette Máximo)