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Escolas do Rio recebem campanha pela preservação das toninhas

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Publicado em:04/06/2012

Escolas do Rio recebem campanha pela preservação das toninhasOrganizada pela ENSP em parceria com o jornal O Globo e a ONG WWF-Brasil, a campanha das toninhas chegará aos estudantes. A campanha de preservação desse discreto e pouco conhecido cetáceo – um primo pequeno das baleias, botos e golfinhos – que corre risco de extinção ganhou novos colaboradores e vai fazer parte da rotina de dez escolas da cidade. Na segunda, terça e quarta-feira (4, 5 e 6 de junho, respectivamente), começam a ser promovidas palestras em colégios para ensinar aos alunos sobre a vida desses golfinhos. As apresentações serão realizadas pelos integrantes do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (Gemm-Lagos), que continuarão a percorrer as unidades de ensino nos dias 11 e 12 de junho. As explanações contarão também com a participação de um pesquisador do Rio Grande do Sul.


Leia abaixo a matéria na íntegra:



A toninha: campanha alerta para a importância de praias limpas
Numa parceria do Globo com a ENSP/Fiocruz e o WWF-Brasil, estudantes assistirão a palestras sobre a vida dos golfinhos
 

As tímidas toninhas vão ficar íntimas dos estudantes cariocas. A campanha 'Quero ver toninha', promovida pelo jornal O Globo, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) e a ONG WWF-Brasil, para a preservação desse discreto e pouco conhecido cetáceo – um primo pequeno das baleias, botos e golfinhos – que corre risco de extinção, ganhou novos colaboradores e vai fazer parte da rotina de dez escolas da cidade. Nesta segunda, terça e quarta-feira, começam a ser promovidas palestras em colégios para ensinar aos alunos sobre a vida desses golfinhos. As apresentações serão realizadas pelos integrantes do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (Gemm-Lagos), que continuarão a percorrer as unidades de ensino nos dias 11 e 12 de junho. As explanações contarão também com a participação de um pesquisador do Rio Grande do Sul.

 

"Estamos a poucos dias da realização da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável) na cidade. O uso sustentável dos oceanos tem muito a ver com a nossa bandeira. As pessoas não sabem que as toninhas existem. Infelizmente, só nos preocupamos com o que conhecemos. A grande proposta é tornar a toninha popular, no espírito de 'quem ama cuida'", explica o biólogo da ENSP/Fiocruz, Salvatore Siciliano, coordenador das palestras.

 

O pesquisador lembra que a intenção das palestras é justamente mudar os hábitos dos cariocas, mostrando a importância de se reciclar mais, poluir menos, manter as praias saudáveis. Grande defensor das toninhas, Salvatore se orgulha de contar que a equipe do Gemm-Lagos foi a primeira a confirmar a presença dessa espécie de golfinhos em praias do estado do Rio de Janeiro, na década de 1980.



Perto da praia, mas apenas em águas limpas
Poluição do mar e redes de pesca são os maiores inimigos
 

Nos anos oitenta ainda era difícil fazer um levantamento do número de toninhas existentes em nosso litoral. Somente no começo deste ano um estudo mostrou que a população de toninhas é de cerca de 2 mil no litoral entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. A taxa de mortalidade é preocupante. Estima-se que morram cem delas por ano, por causa da poluição dos mares e de capturas acidentais por redes de pesca.



As toninhas conquistaram espaço na mídia depois que a jornalista Ana Lúcia Azevedo, editora de Ciências do Globo, transformou os golfinhos em símbolo de uma campanha do jornal. A toninha tem a característica única de viver perto das praias, mas só sobrevive em águas limpas. "Se salvarmos as toninhas, vamos salvar as nossas praias", defende a jornalista.



Palestrante convidado, o biólogo gaúcho Guilherme Sraine se diz entusiasmado para participar da roda de palestras nas escolas do Rio. O sul do Brasil concentra a maior quantidade de toninhas do país, aproximadamente 45 mil. A má notícia é que, por ano, são estimadas 1.500 mortes dessa espécie na costa do Rio Grande do Sul. "O projeto conseguirá mostrar à população a fragilidade da toninha", afirma Sraine.



Integrante do grupo Gemm-Lagos, o veterinário Rogério Tardin vê nas palestras a possibilidade de mudar o hábito dos cariocas. "Não tenho dúvidas de que as crianças aprendem e captam melhor as questões ambientais", observa o veterinário.



Mais informações podem ser acessadas no site www.querovertoninha.com.br.

Fonte: O Globo
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