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Relatório do IPCC prevê mudanças extremas no clima

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Publicado em:29/03/2012

 

Relatório do IPCC prevê mudanças extremas no climaO Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) divulgou na quarta-feira (28/3) seu relatório especial sobre Gestão dos Riscos de Eventos Extremos e Desastres para o Avanço da Adaptação às Mudanças Climáticas (SREX). As evidências apresentadas no documento sugerem que a mudança climática vem ocasionando mudanças extremas no clima, tais como ondas de calor e recordes de altas temperaturas. O IPCC destaca, ainda, a possibilidade de desastres relacionados ao clima em função dos eventos climáticos extremos e sua combinação com as vulnerabilidades sociais e a exposição a riscos. 
 
"A principal mensagem do relatório é que sabemos o suficiente para tomar boas decisões sobre como gerenciar os riscos de desastres relacionados ao clima. Podemos nos aproveitar desse conhecimento, mas muitas vezes não o fazemos", disse Chris Field, copresidente do Grupo II de Trabalho do IPCC, que, em conjunto com o Grupo de Trabalho I, produziu o relatório. "O desafio para o futuro tem uma dimensão focada em melhorar a base de conhecimento e uma em capacitar boas decisões, mesmo para as situações em que há muita incerteza", disse ele.
 
Por meio de 592 páginas e 220 autores, de 62 países, o relatório também fornece informações sobre as mudanças observadas e projetadas em extremos de temperatura, precipitação e seca em todos os continentes do mundo. A avaliação das mudanças projetadas na América do Sul indicam um aumento da seca no nordeste brasileiro, enquanto a probabiliade é menor em todas as outras regiões da América do Sul.
 
ENSP discute mudanças climáticas
 
No Centro de Estudos de 23 de março, o pesquisador da USP Paulo Artaxo apresentou dados preliminares do relatório disponibilizado pelo IPCC. Na ocasião, ele disse que a demanda por consumo mundial de energia cresceu em 50% de 1980 a 2010 e afirmou: “Estamos utilizando muito mais energia, porém a sustentabilidade e a disponibilidade a médio e longo prazo dessa energia é uma questão controversa com a qual teremos de aprender a lidar ao longo deste século. Globalmente falando, podemos afirmar que nosso planeta já aqueceu por volta de 0,8ºC. Pode parecer pouco, mas, para o funcionamento do ecossistema, isso faz muita diferença”.
 
Além disso, o pesquisador da ENSP Ulisses Confalonieri, também membro do IPCC, concedeu entrevista ao Informe ENSP sobre as previsões discutidas durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 15). Ele destacou os cenários futuros e as vulnerabilidades do país. 

Fonte: Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC)

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