Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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ENSP elabora curso de capacitação para gestores do SUS

Capacitar, qualificar os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e atuar no fortalecimento da Rede de Escolas de Governo em Saúde de todo o país são os objetivos do Grupo de Trabalho para elaboração do Curso de Capacitação Gerencial no âmbito do programa de qualificação da gestão do SUS, criado a partir da portaria 07/2008 da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). A proposta surgiu a partir de uma demanda do capítulo da saúde do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui a capacitação da gestão na saúde, e está sob responsabilidade do Ministério da Saúde (MS), da ENSP e do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems).



O item que inclui a capacitação e qualificação da gestão dentro do PAC Saúde, somado ao processo de educação permanente incentivado pelo MS, foram fatores que motivaram a formação do grupo de trabalho. A preocupação da ENSP e das instituições responsáveis pelo curso é a pouca capacidade profissional de gestão dos dirigentes, que faz com que o sistema não tenha a suficiência que deveria ter. O GT é formado pelos pesquisadores Walter Vieira Mendes Júnior - coordenador -, Adolfo Horácio Chorny, Victor Grabois, Roberta Gondim, Maria Infante, Lucia Dupret e Henriette dos Santos.

Uma outra função atribuída a Escola será expandir essa capacitação para uma Rede de Escolas de Governo, que englobará os 27 estados do país. "Caberá a ENSP fazer esse tipo de capacitação, mas esse processo não ficará concentrado na Escola. Nossa tentativa é, através de uma Rede de Escolas de Governo com os 27 estados, capacitar essas escolas para que elas desdobrem os processos de capacitação nos estados, dando mais acúmulo e competência para esse desenvolvimento. Na verdade, a ENSP tem dois objetivos dentro deste processo. O primeiro é capacitar o gestor como a origem do programa pede. A outra é ajudar no fortalecimento da Rede para torná-la capaz de desdobrar o modelo", revelou o coordenador do Grupo.

Roberta Gondim, que também faz parte do GT, afirma que se trata do empoderamento da Rede. Para ela, ainda que o curso seja formulado sob responsabilidade acadêmica da ENSP, do Conass, do Conasems e do MS, sua operação vai se dar nas diferentes instituições de formação do sistema, prioritariamente, as Escolas de Saúde Pública e/ou Escolas de Governo.

Lucia Dupret, coordenadora da Educação a Distância da ENSP, ressaltou que esse modelo de ensino é uma estratégia adequada para os fins do curso. "Em primeiro lugar, o ensino á distância dá a possibilidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, potencializando os processos locais. Além disso, os alunos não precisam se retirar do trabalho. Pelo contrário, o trabalho é incorporado ao processo pedagógico. O terceiro ponto é que, além dos alunos, você começa a formar uma massa crítica que pode ajudar na implementação de propostas locais, que são os tutores. Portanto, montar uma estratégia dessa envergadura usando a educação a distância é uma estratégia bem adequada", justificou.

O curso pretende atingir 7.500 alunos nos 27 estados do país. No entanto, uma prioridade da equipe de coordenadores não é atingir diretamente um aluno, mas sim uma equipe. "É um curso ambicioso, que terá um desdobramento intenso. A inscrição e a seleção serão feitas da melhor forma para que possamos trabalhar em equipe, possibilitando que as pessoas se integrem. Esse é o traço mais importante desse curso", apontou Walter Mendes.

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