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Medida reforça tendência de distribuição livre de publicações científicas pela internet

O jornal O Globo publicou na quarta-feira (20/02) uma reportagem sobre projeto aprovado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que disponibiliza on-line e de graça os artigos acadêmicos na instituição. Leia, abaixo, a reportagem na íntegra:

O Globo - 20/02/2008

CAMBRIDGE, Massachusetts. A Universidade de Harvard aprovou um projeto que disponibiliza online e de graça os artigos acadêmicos produzidos na instituição.

A medida proposta pela Faculdade de Artes e Ciências (FAS, na sigla em inglês) tem por objetivo facilitar o acesso aos textos, normalmente encontrados apenas em revistas científicas de circulação restrita e mediante pagamento.

Vinda da mais rica e prestigiada universidade do mundo, a decisão fortalece a tendência de acesso livre a publicações científicas e tecnológicas.

O projeto foi proposto pelo professor de ciências da computação Stuart Shieber. O especialista acha que a medida dará aos cientistas uma ferramenta para controlar melhor a disseminação de seus trabalhos.

— Trata-se de um passo muito importante para pesquisadores em geral e deve servir como uma mensagem para a comunidade acadêmica no sentido de que queremos e devemos ter maior controle sobre como nosso trabalho é usado e disseminado — afirmou Shieber.

Segundo o reitor Steven Hyman, a universidade tem obrigação de distribuir o mais amplamente possível suas pesquisas mais significativas.

A universidade ficará responsável pela organização dos artigos da FAS em uma base de dados disponível gratuitamente pela internet. Ainda não há data prevista para o lançamento do serviço. Os artigos também serão acessados por meio de ferramentas de busca como o Google Scholar. Os pesquisadores manterão os direitos autorais dos trabalhos, de acordo com o sistema de licenciamento de Harvard.

Na prática, a decisão significa que os pesquisadores terão que publicar artigos em revistas que permitam a replicação em outras bases e que não ofereçam restrições ao acesso livre — o que não é o caso de muitas revistas tradicionais. Segundo Shieber, esse é um ponto a ser discutido no futuro.

— Não há dúvida de que as revistas científicas têm, historicamente, possibilitado aos pesquisadores distribuir seus trabalhos para audiências por todo o mundo, mas o sistema de publicação tem se tornado muito mais restritivo do que costumava ser — afirmou o professor.

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