Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Acordo criará observatório de saúde urbana na Fiocruz

Filipe Leonel

Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Saúde e Ambiente, a Fundação Oswaldo Cruz assinou uma carta de intenções com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para a construção de um observatório de saúde urbana na Fiocruz, como também o aprofundamento do campo teórico-metodológico-prático desse campo. A parceria busca o desenvolvimento de tecnologias inovadoras de ensino, pesquisa e intervenção em áreas de vulnerabilidade socioambiental, com vistas à redução de impactos do ambiente e à promoção da saúde nos espaços urbanos. O acordo foi firmado durante a 10ª Conferência Internacional de Saúde Urbana, realizada em Belo Horizonte, gerando um documento indutor que traça diretrizes para a efetivação da parceria.


A intenção da Fiocruz é desenvolver o projeto piloto de um observatório baseado na experiência da UFMG, que reunirá a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), Casa de Oswaldo Cruz (COC), o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) e o Campus Fiocruz Mata Atlântica.

A assinatura do termo de cooperação foi realizada em cerimônia no dia 3 de novembro e contou com a presença do vice-presidente da VPAAPS/Fiocruz, Valcler Rangel, do diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, Francisco José Penna, e da coordenadora do Observatório de Saúde Urbana da UFMG, Waleska Caiiaffa. De acordo com Simone Cynamon Cohen, pesquisadora do Departamento de Saneamento da ENSP e representante da Escola no projeto, ficou acordado que representantes do observatório mineiro irão à Fiocruz no dia 30 de novembro discutir metodologias e desenhar indicadores de saúde urbana. "O projeto busca construir um observatório de saúde urbana na Fiocruz do RJ, para depois expandirmos nas outras unidades da fundação, criando, assim, uma rede de observatórios. Além disso, também propomos o mapeamento das iniciativas na Fiocruz que trabalham na temática de saúde urbana", completou.



Ainda de acordo com Simone, o campo saúde urbana carece de maior desenvolvimento no país, apesar de já ser bem trabalhado pela UFMG. Além do mais, há a necessidade de alertar que se trata da promoção da saúde no espaço urbano e requer maior intersetorialidade, passando pelos campos da saúde, ambiente, urbanismo e vários outros. "Devemos observar o espaço urbano enquanto lugar promotor da saúde. Saúde urbana trabalha com o espaço urbano e engloba toda questão de infraestrutura, acessibilidade, mobilidade. Ou seja, trabalhamos o macro ambiente físico como promotor da saúde."

A assinatura da carta de intenções também contou com a participação de Alex Ross, diretor do Centre for Health Development da Organização Mundial da Saúde, e Antonius Shundel, representante do Institute for Housing and Urban Development Studies (IHS), que futuramente se associará à Fiocruz e à UFMG para o desenvolvimento da parceria. Na ENSP, as pesquisadoras Simone Cynamon Cohen e Monica Dias de Souza são as responsáveis pelo projeto.

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