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Descaso ambiental afeta saúde da população da Zona Oeste do Rio

Jaime Oliveira, do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da ENSP, em entrevista ao quadro 'Parceiro do RJ', disse que, com a construção da Rodovia Transoeste, ligando o Centro à Zona Oeste do Rio, a tendência é aumentar o número de construções na região. Segundo ele, é um problema que precisa de solução com urgência, pois os moradores da região estão sujeitos a pegar hepatite e leptospirose, por causa de urina de rato. Além de deixar os alimentos comprometidos com a contaminação de esgoto, que pode causar cólera.

De acordo com Jaime, "é um problema de saúde pública. É uma região que ainda está em transformação, isso é fato. Mas tem de ser melhorado. E essa febre imobiliária tem de ser resolvida com certa emergência, porque a gente está vendo que é maior a quantidade de casas construídas. Quando isso aumentar, o caso vai piorar".

Leia abaixo a matéria na íntegra e clique aqui para assistir ao vídeo.

Parceiros do RJ mostram esgoto em valão aberto em Campo Grande

Um condomínio em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, tem 127 casas e o esgoto delas é despejado em um valão aberto, que é desviado para um rio que deságua na Baía de Sepetiba. Os moradores do local se queixam do mau cheiro, da falta de higiene e também temem pela saúde.

A dupla de Parceiro do RJ de Campo Grande, Felippe Nascimento e Mariane Rodrigues, visitou o condomínio e escutou reclamações de moradores.

Segundo o morador Roberto Nascimento da Silva, a própria empresa que construiu o condomínio desviou o esgoto para o rio. "Quando fez o loteamento, fez só um buraco, como se fosse um sumidouro. Esse buraco não comportou os detritos. Então, eles fizeram uma vala e estenderam até o rio para dar continuidade ao esgoto. A vala ultrapassa um muro e segue até a direção do rio. Quando chove isso aqui vira um pântano. O esgoto sobe, invade as ruas, as casas dos moradores e fica aqui um caos", explica Silva, que é funcionário público.

A técnica de enfermagem Amanda Gomes, que também mora no condomínio, pede uma solução para o problema. "Calamidade! Quando chove enche tudo, o esgoto volta para a casa dos moradores daqui. Então, nós queremos uma solução", reclamou.

A produção do RJTV ouviu a Fundação Rio Águas que disse que enviará uma equipe técnica à região ainda nesta sexta-feira (21). A empresa responsável pelo loteamento também foi procurada e afirmou que seguiu as regras determinadas pela legislação da época.

Os parceiros do RJ entrevistaram ainda o professor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz Jaime Oliveira. Ele informou que, com a construção da Rodovia Transoeste, que ligará o Centro à Zona Oeste do Rio, a tendência é que o número de construções aumente na região. Segundo ele, é um problema que precisa de solução com urgência.

"Estão sujeitos a pegar hepatite, leptospirose, por causa de urina de rato. Deixa os alimentos comprometidos com contaminação de esgoto, podem pegar cólera. É um problema de saúde pública. É uma região que ainda está em transformação, isso é um fato. Mas tem que ser melhorado. E essa febre imobiliária tem que ser resolvida com certa emergência porque a gente está vendo que a quantidade de casas que está sendo construída é maior. Quando isso aumentar o caso vai piorar", explicou o professor.

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