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Cooperação inédita entre ENSP e Aeronáutica
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca e a Força Aérea Brasileira (Aeronáutica) acabam de firmar um acordo de cooperação. Entre os pontos mais importantes da nova empreitada estão a revisão do modelo assistencial de saúde da Aeronáutica, a reorganização dos modelos de capacitação de recursos humanos para a área da gestão e também do programa de pesquisa do setor saúde. Além de contribuir com a sua expertise, a ENSP pretende, nesta parceria, aprimorar seus conhecimentos principalmente no que se refere à medicina de catástrofes, contando para isso com a experiência da Aeronáutica.
As negociações tiveram início em novembro de 2010, durante o I Simpósio de Gestores do Sistema de Saúde da Aeronáutica (Sisau), com a presença de cerca de cem oficiais dirigentes da instituição em todo o país para discutir a construção de um novo modelo de atendimento aos profissionais que trabalham na Aeronáutica do Brasil e seus familiares. Na ocasião, o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, apresentou a palestra A contribuição da Escola Nacional de Saúde Pública para o desenvolvimento dos modelos de saúde no Brasil .
Segundo o pesquisador do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps/ENSP) Walter Mendes, que também esteve presente no seminário, a Escola ainda não conhece totalmente o funcionamento dos serviços de saúde da Aeronáutica e, por conta disso, precisa aprofundar mais os estudos a fim de identificar exatamente em que campos poderá atuar ao lado daquela instituição.
Ele explicou que "a ENSP tem grande interesse nessa parceria, uma vez que seu foco amplia também os horizontes da própria Escola na medida em que se propõe a discutir a saúde fora do modelo e dos princípios do SUS. Apesar de a Aeronáutica ser um sistema público, está fora do SUS, pois sua assistência é privada a seus funcionários e familiares".
"Embora a cooperação ainda esteja bastante incipiente, já sabemos que a parceria se dará em quatro pontos principais. São eles: a cooperação para a revisão do modelo assistencial da Aeronáutica; a reorganização do modelo de capacitação de gestão em saúde na Aeronáutica; a revisão do programa de pesquisa do setor saúde; e um auxílio para a intermediação entre o setor de saúde da Aeronáutica e o Ministério da Saúde, visando ajuda mútua. Isso já existe, porém de forma pontual, e não sistematizada como desejam. A partir desses pontos, poderão surgir outros interesses, mas esses, com certeza, são os aspectos fundamentais da parceria", ressaltou o diretor da Escola, Antônio Ivo.
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