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Vice-diretora fala das inscrições para cursos de Mestrado e Doutorado 2011
A pós-graduação da ENSP se prepara todos os anos para a abertura das inscrições para seleção pública dos Programas de Pós-Graduação em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente e Epidemiologia em Saúde Pública, revendo os processos anteriores e buscando oferecer as melhores condições para atender à demanda por formação da pós-graduação em Saúde Coletiva. A vice-diretora de Pós-Graduação da ENSP, Maria Helena Mendonça, sugere que os candidatos leiam atentamente as chamadas lançadas no dia 27 de julho - disponíveis para consulta pela internet - e façam suas inscrições dentro do prazo previsto, entre 2 e 27 de agosto.
Este ano, estamos reforçando o convite aos candidatos para que preencham todos os campos do formulário de inscrição, de modo a conhecer melhor o perfil de quem procura a ENSP para realizar seus cursos stricto sensu e potencializar suas escolhas em processos futuros. Com os dados disponíveis pelo formulário, podemos fazer uma caracterização socioeconômica, conhecer as áreas de graduação dos candidatos, se eles têm vínculo empregatício e a natureza das instituições a que estão ligados.
Em entrevista ao Informe ENSP, Maria Helena Mendonça fala das inscrições, das novidades no processo de seleção para candidatos estrangeiros, do total de vagas para cada programa e da distribuição de bolsas.
Informe ENSP: Como será o processo seletivo para os três programas da ENSP em 2011?
Maria Helena Mendonça: As inscrições para o processo seletivo se iniciam com o preenchimento pela internet do formulário específico localizado no site da Plataforma Siga, no link inscrição, de acordo com o programa. Assim, é necessário ter claro qual dos três programas o candidato está buscando e o tipo de chamada - Mestrado, Doutorado e alunos estrangeiros. O formulário preenchido deve ser impresso e enviado à Secretaria Acadêmica junto com a documentação exigida.
Eu penso que uma novidade no programa de Saúde Pública, no âmbito do mestrado, é que teremos uma prova única para candidatos nacionais e estrangeiros. O programa apresenta-se com oito áreas de concentração, apesar de a área de Saneamento Ambiental não abrir vaga neste edital.
Os candidatos ao Doutorado em Saúde Pública terão, na etapa da entrevista, de realizar uma apresentação oral da sua experiência acadêmica e do pré-projeto de pesquisa.
Informe ENSP: Quais as novidades nos editais este ano?
Maria Helena Mendonça: Os editais contêm as informações necessárias para que o candidato conheça o programa, suas áreas de concentração com número de vagas ofertadas, o regime e a duração do curso, as condições de inscrição, bibliografia para preparação para as etapas de seleção - prova de inglês, prova escrita de conhecimento e entrevista, classificação e período de matrícula dos candidatos aprovados.
Todos os programas exigem que os candidatos nacionais apresentem o CV da Plataforma Lattes, com comprovação da formação acadêmica e de artigos publicados. Haverá isenção da prova de inglês aos ex-alunos da ENSP que estiveram regularmente matriculados em cursos de mestrado ou doutorado a partir de 2006, desde que apresentem comprovante.
Uma novidade é a chamada exclusiva para estrangeiros, visando esclarecer melhor esse público que vem crescendo nos últimos anos. Nós temos feito a chamada simultânea para os três programas, com regras as mais padronizadas possíveis, mas é importante estar atento para as diferenças específicas de cada programa, especialmente quanto a datas de ingresso nos cursos de doutorado para os programas de Epidemiologia e Saúde Pública e Meio Ambiente.
Informe ENSP: E em relação aos candidatos estrangeiros, como se dá o processo de bolsas?
Maria Helena Mendonça: Os interessados serão informados na chamada sobre as duas condições para alunos estrangeiros virem estudar no Brasil: com bolsa de estudo solicitada ao governo, por meio de um convênio PEC-PG (Programa de Estudante-Convênio de Pós-Graduação), e sem bolsa ou amparo dos acordos internacionais, situação em que se exige que o candidato mostre a condição de sobrevivência no país. Ainda para os candidatos estrangeiros com relação à prova única de língua e conhecimento, no caso do mestrado, estas serão aplicadas nas embaixadas brasileiras do país de origem conforme acerto entre a Fiocruz e as embaixadas, por meio da Coordenação das Relações Internacionais de Saúde (Cris), quanto à data e local, que serão informados aos candidatos.
As chamadas específicas para os candidatos estrangeiros indicam formulários específicos relativos ao plano de trabalho.
É importante lembrar que o candidato estrangeiro não paga taxa de inscrição.
Informe ENSP: Quantas vagas serão oferecidas pelos programas para 2011?
Maria Helena Mendonça: Nós tivemos uma pequena redução no número de vagas para 2011, se comparado a 2010, e isso ocorreu devido à revisão do credenciamento dos doutores dos três programas de Saúde Pública. Ao todo, estão sendo ofertadas cem vagas para os três mestrados, sendo 63 no Saúde Pública, 15 no Saúde Pública e Meio Ambiente e 22 no de Epidemiologia em Saúde Pública. No caso do Programa de Saúde Pública, a área de saneamento ambiental não abrirá vagas este ano, por conta dessa questão de credenciamento interno na Escola. Mas, historicamente, nossas vagas estão em torno de cem; entretanto, elas têm aumentado no âmbito do doutorado.
Informe ENSP: Como são determinadas as vagas para o doutorado?
Maria Helena Mendonça: As vagas para o doutorado são oferecidas de acordo com o total de docentes credenciados em cada programa. Cada docente só pode ter um aluno para orientação de doutorado. Portanto, no Saúde Pública esse número chega a 55, no Saúde Pública e Meio Ambiente 22, e para o Epidemiologia em Saúde Pública 16, totalizando assim 83 possíveis novos doutorandos, o que significa um aumento no total de vagas para este ano.
Informe ENSP: Como ocorre o processo de distribuição de bolsas de estudos?
Maria Helena Mendonça: Não há como garantir bolsa a todos os matriculados. É sempre importante esclarecer isso para os candidatos, e o edital é bem claro nessa questão, ou seja, a Escola não tem condição de oferecer bolsas para todos os novos alunos. O número de bolsas que a Capes e o CNPq ofertam é limitado e complementado com a oferta de outras agências como a Faperj.
A cada ano, as comissões internas de bolsas sempre se reúnem em janeiro e fevereiro para rever os critérios de elegibilidade associados à classificação dos candidatos. A base de distribuição seguiu as orientações das agências - a não existência de vínculo trabalhista; privilegiar alunos de fora do estado, ou até mesmo de fora do município, a certa distância do local do curso que justifique uma mudança de endereço. Contudo, a Capes e o CNPQ acabam de editar a Portaria Conjunta de 15 de julho de 2010, que abre exceções para que os bolsistas ganhem complementação financeira. Isso exigirá que renovemos nossos critérios de elegibilidade. A Vice-Direção sente que essa questão deve ser debatida com a participação do corpo discente, principal beneficiário da política de apoio à formação pós-graduada.
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