Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Sistemas de informação em saúde ganharão multiplicadores estaduais

Capacitar técnicos estaduais para a integração de sistemas de informação em saúde, além de torná-los multiplicadores dessas ferramentas em seus municípios, é o objetivo da Oficina de Reflexão Pedagógica que será realizada em Brasília, entre os dias 1º e 5 de março, no âmbito do Programa de Qualificação e Estruturação da Gestão do Trabalho e da Educação no SUS (ProgeSUS). Representantes de cada uma das 27 unidades federativas do país e mais três profissionais do Ministério da Saúde participarão desse encontro, formando um grupo de 30 técnicos da área de informação e informática das secretarias de saúde descentralizando o processo de armazenamento e recuperação de dados.

O ProgeSUS foi criado para consolidar uma política que pressupõe a valorização do trabalhador da saúde e do seu trabalho, estando disposto em quatro componentes estruturantes. O primeiro é a cooperação financeira para a modernização dos setores de Recursos Humanos das secretarias estaduais e municipais. O segundo é a capacitação dos profissionais do setor, coordenada pela ENSP, que também desenvolve diversos subprojetos na área, entre eles o Mestrado Profissional em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, organizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas de Recursos Humanos em Saúde (Nehrus/Daps/ENSP/Fiocruz).

Os outros dois componentes são a construção e disponibilização, pelo Ministério da Saúde, de ferramentas na área de tecnologia da informação para os estados e municípios que desejarem implantar o Sistema de Informação Gerencial para o setor de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, e a integração desses sistemas por meio do Sistema Nacional de Informações em Gestão do Trabalho do SUS, o InforSUS.

Segundo a coordenadora nacional de Capacitação do ProgeSUS, Neuza Moysés, cada uma das vertentes desenvolve ações individuais que se complementam, e o Sistema de Informações se insere na vertente da área de tecnologia da informação. "Este software é uma ferramenta que está dentro da lógica geral do Progesus. O objetivo é uma qualificação que, além de capacitar os gestores que auxiliarão na implementação e uso do sistema, permita a construção de uma base de dados sólida. Com isso, os gestores terão acesso a informações mais confiáveis e qualificadas e têm a possibilidade de tomar decisões mais precisas, com base nas informações construídas pela rede", disse ela.

Neuza lembrou ainda que os dados nascem na ponta do serviço, por isso esse processo de descentralização é tão importante. Além disso, "a própria portaria que criou o Progesus também criou a Comissão Intergestora Tripartite do Sistema, que é uma comissão composta de representações do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) que acompanha, avalia e toma decisões conjuntas em relação ao Programa. Enquanto tradicionalmente as decisões são resolvidas de forma centralizada, essa proposta busca o consenso. Por isso vamos trabalhar esse sistema em nível local e chegar o mais perto possível do gestor municipal", explicou.


De acordo com Sergio Pacheco, pesquisador do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da ENSP e coordenador do Mestrado Profissional em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, esse software foi desenvolvido e já está sendo utilizado. A ideia não é apenas ensinar a instalar e utilizar este programa. Queremos principalmente chamar atenção para a necessidade de integração das bases de dados existentes no país. Ele pode usar outros sistemas de gestão disponíveis, mas deve saber extrair os dados necessários do sistema que utiliza.

"A ideia é integrar isso de maneira que, de uma forma macro, o Ministério possa usar esses dados e consiga, assim, enxergar a realidade do país no tempo mais curto possível. Com essas informações integradas será possível ver a realidade profissional da saúde no Brasil, que profissionais faltam, onde existem lacunas, quais políticas devem ser fortalecidas em cada estado ou município. O que queremos é em curto prazo enxergar longe", apontou Sergio.

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