Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Ministérios e Funasa apresentam panorama do saneamento no país

Representantes do Ministério das Cidades, Ministério da Integração Nacional e Funasa realizaram as palestras de abertura do 'I Seminário Internacional Saneamento é Saúde', na ENSP, no dia 26/11. As palestras traçaram um panorama nacional das ações de saneamento básico desenvolvidas pelo governo federal, mostrando que os investimentos em estratégias para essa área vêm aumentando nos últimos anos.

A solenidade de abertura do seminário contou com as presenças do vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel, da vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da ENSP, Margareth Portela, do chefe do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA/ENSP), Odir Clécio da Cruz Roque, e da coordenadora de pesquisa do DSSA/ENSP, Débora Cynamon Kligerman.

A primeira apresentação foi de João Carlos Machado, da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, trazendo as políticas, estratégias e ações que o governo federal vem executando pelo Brasil, além de dados da cobertura do serviço de saneamento em todas as regiões. Ele disse que, de 2004 a 2008, o número de domicílios urbanos/rurais sem canalização interna de água vem diminuindo, embora a região com maior problema ainda seja o Nordeste. João Carlos abordou também o Plano Nacional de Saneamento Básico, previsto para ser homologado pelo presidente da República em agosto de 2010. "Cerca de 40% da água produzida e/ou tratada no Brasil não chega às casas das pessoas. Temos de mudar isso, e o Plansab é o instrumento fundamental à retomada da capacidade orientadora do Estado na condução da política pública de saneamento básico", disse.

Em seguida, foi a vez do representante do Ministério da Integração Nacional Demetrios Christofidis apresentando números do problema de água no mundo. Segundo o expositor, 1,2 bilhão de pessoas vivem sem acesso à água, seja em quantidade ou qualidade, no mundo; 2,6 bilhões sem acesso a despejo sanitário; e mais de um bilhão sem acesso a alimentos. Sobre as ações do Ministério, Demetrios destacou o trabalho no município de Águas Vermelhas, em Minas Gerais, localidade praticamente sem saneamento básico, com esgoto a céu aberto e assoreamento do Rio Mosquito, com uma parcela da população infectada por esquistossomose. "Promovemos a universalização do atendimento com água, criamos um sistema estático de esgoto para as residências e, hoje em dia, 100% da população é abastecida de água", ressaltou.

Encerrando a primeira mesa, o engenheiro do Departamento de Engenharia de Saúde Pública da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) Cícero Oliveira de Paula trouxe dados sobre os indicadores de saneamento no Brasil, destacando que, no período de 1989 a 2000, o volume de água distribuída sem tratamento aumentou. Segundo Cícero, do volume total de água distribuída no país, em 1989, apenas 3,9% não era tratado e, em 2000, essa proporção passou para 7,2%. Já nos municípios com menos de 20 mil habitantes, esse percentual sobe para 32,1%. Números sobre internações hospitalares provocadas por doenças relacionadas à falta de saneamento também foram trazidos pelo engenheiro, destacando que a diarreia é a primeira doença no total de casos em todas as regiões do país.

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