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Saneamento e Saúde Ambiental: novas demandas e formação de RH
Com o tema 'Saneamento é Saúde', a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, por meio do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental, vai realizar, nos dias 26 e 27 de novembro, o I Seminário Internacional, que reunirá especialistas de diversas frentes para debater o atual panorama político da área, o reflexo das novas demandas na formação de recursos humanos e, principalmente, a formulação de cursos de diferentes níveis de formação em saneamento e saúde ambiental. Este encontro, que será realizado a partir das 9 horas, no salão internacional da ENSP, será transmitido ao vivo pela Rede Fiocruz. O Seminário tem inscrições gratuitas, porém limitadas.
Para a pesquisadora do DSSA/ENSP e uma das organizadoras do evento, Débora Cynamon Kligerman, é necessária muita atenção para essa área, pois saneamento é um dos principais determinantes em saúde. "Pretendemos reunir, ouvir e debater as diversas experiências e necessidades da área com o propósito de definir ações de formulação e implementação para o saneamento no país". Ela disse ainda que, desde a criação do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, houve um expressivo aumento do financiamento para área de saneamento no país.
Débora lembrou ainda que é preciso aproveitar esse grande movimento, já que, desde meados da década de 1980, não existiam investimentos na área de saneamento. "O governo percebeu que a questão do desenvolvimento está diretamente ligada à infraestrutura, e, especialmente com a criação do PAC em 2007, esses investimentos voltaram a acontecer. Nós da ENSP, junto com diversos grupos de pesquisa e atores da comunidade de Manguinhos, conseguimos fazer com que esse complexo de favelas, que está no entorno da Fiocruz, também fosse contemplado no Programa de Aceleração do Crescimento", comentou a pesquisadora.
Este Seminário tem a duração de dois dias, sendo composto com quatro mesas de debate. A primeira apresentará o 'Panorama de Saneamento no Brasil e a sua interface com a saúde' e 'Controle social nas ações de saneamento'. Durante o primeiro dia serão discutidas as urgentes necessidades do país na área de saneamento, com a presença de diversos ministérios, além da importância da participação social e do desenvolvimento de ações de educação ambiental, com lideranças de ONG, conselhos, do Ministério das Cidades e de Projetos Sociais da Fiocruz.
O segundo dia terá as mesas 'A necessidade de formação de recursos humanos em saneamento e saúde ambiental' e 'Pesquisa Estratégica na área de Saneamento e Saúde Ambiental'. Será debatida a necessidade da formação de recursos humanos, mas, de acordo com Débora, "não apenas a formação de pós-graduação. Também serão pensados atualizações, capacitações e cursos compactos na modalidade a distância e outros. A última mesa abordará pesquisas que contemplem ações preventivas e emergenciais. Temos que pensar em medidas para todas as circunstâncias. Precisamos estar preparados para proteger a saúde da população tanto em prevenção e acontecimentos sazonais como em circunstâncias emergenciais como o Apagão que atingiu diversos estados do país e afetou o funcionamento de sistemas de abastecimento de água de várias localidades", explicou Débora.
As inscrições para o I Seminário Internacional 'Saúde é Saneamento' podem ser feitas pelo e-mail saneamentoesaude@fiocruz.br.
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