Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Segurança do paciente: um novo campo de ensino e pesquisa na ENSP

A preocupação com os riscos aos pacientes relacionados aos serviços de saúde é um tema cada vez mais estudado pela comunidade científica. Na ENSP essa temática está em desenvolvimento através de um grupo coordenado por Suely Rozenfeld e Claudia Travassos (Icict/Fiocruz). Um dos resultados foi o lançamento da primeira disciplina de mestrado e doutorado em Saúde Pública na ENSP sobre o assunto. Para falar sobre segurança do paciente, a Escola recebeu, no dia 10/11, a coordenadora do Programa Mundial de Segurança do Paciente da OMS Itziar Larizgoitia.

Segundo Claudia Travassos, o grupo se reuniu para começar a trabalhar com a questão da mensuração, incidência, metas e dados sobre segurança do paciente no Brasil. "Esse campo da segurança produz um novo arcabouço teórico e novas questões para nós e a primeira forma que encontramos para começar a trabalhar foi através dos alunos no programa da ENSP", explicou. A disciplina na ENSP, iniciada agora em 2009, chama-se 'Validação de instrumentos de monitoramento de Eventos Adversos em hospitais brasileiros', e tem como coordenadores, além de Claudia Travassos, os pesquisadores da ENSP Walter Mendes, Mônica Martins e Suely Rozenfeld.

Segundo a ementa da disciplina, a 'segurança é uma dimensão da qualidade do cuidado e objeto de preocupação tanto para o meio acadêmico como para os gestores. Tem por objetivo discutir conceitos e metodologias relacionados à qualidade do cuidado, com ênfase na segurança do cuidado prestado aos pacientes e no monitoramento de eventos adversos'.

Coordenadora da OMS fala sobre segurança do paciente na ENSP

No dia 10 de novembro, o grupo da ENSP recebeu a coordenadora do Programa Mundial de Segurança do Paciente da Organização Mundial de Saúde Itziar Larizgoitia, para uma palestra com a finalidade de aprofundar o tema. Antes de seguir para sua exposição, a coordenadora foi recebida pelo diretor Antônio Ivo de Carvalho e alguns pesquisadores.

Foi a vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, Margareth Portela, que abriu a atividade, apresentado para Itziar Larizgoitia a constituição da Escola e as linhas de pesquisa que são trabalhadas na instituição. Em seguida, a coordenadora da OMS explicou um pouco do trabalho que a organização vem desenvolvendo para a segurança do paciente visando uma aliança mundial em prol de sistemas de saúde mais seguros para todos. Segundo Itziar, somente através do conhecimento é que é possível gerar estratégias para melhorar essa segurança e, para se chegar a isso, são cinco os pontos a serem trabalhados: medir o dano e descobrir o problema; entender as causa desse problema; procurar soluções; implementar e avaliar seu impacto real; e promover mudanças para que não voltem a acontecer.

A coordenadora disse ser fundamental a ampliação de pesquisas nesse campo, pois somente com novos estudos será possível fortalecer a capacidade dos profissionais de saúde na segurança do paciente. Ela disse ainda ser necessário que, tanto instituições de saúde, quanto profissionais de saúde, promovam uma mudança cultural para evitar possíveis eventos adversos. "Só que é muito difícil mudar a cultura dentro do ambiente médico. Por isso investimos cada vez mais na promoção de pesquisas e na qualificação de recursos humanos para os sistemas de saúde".

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