Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Evento avalia pesquisas sobre saneamento ambiental e atenção à saúde

Com a missão de desenvolver planos estratégicos nas áreas de saneamento ambiental e atenção integral à saúde indígena, especialmente voltados para o interior do país, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) realiza frequentemente Seminários de Avaliação de Andamento das Pesquisas Financiadas pela Instituição. O objetivo é buscar conjuntamente soluções necessárias para os problemas de tratamento de esgoto, da rede de água e outras questões sanitárias. O pesquisador da ENSP e membro do Comitê Científico da Funasa, Odir Clésio da Cruz Roque, que representa a Fiocruz nesse processo, participou da última reunião, cujo tema debatido foi o esgotamento sanitário.

De acordo com Odir, que também é chefe do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA/ENSP), a Funasa incentiva o desenvolvimento de projetos aplicáveis, por meio de editais de seleção, em busca de soluções para os problemas do país. "Nosso papel como membros do Comitê é acompanhar, estudar e verificar as possibilidades de transferir essas tecnologias desenvolvidas no âmbito desses editais". Desde o ano 2000, a Funasa vem selecionando projetos pelo Programa de Pesquisa em Saúde e Saneamento como parte integrante do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da própria Funasa.

"As reuniões de avaliação dos editais do ano 2000, 2001 e 2003 já aconteceram. O encontro de agora teve foco nos projetos do edital nº1/2007, com seleção de propostas dentro de seis áreas temáticas - Abastecimento de água; Esgotamento sanitário; Resíduos sólidos; Gestão em Engenharia de Saúde Pública; Melhorias sanitárias domiciliares e instalações; e Engenharia de Saúde Pública para povos indígenas - que visam ao fomento de ações sustentáveis de engenharia de saúde pública e de saneamento ambiental integradas às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e à política de saneamento ambiental do governo federal", explicou Odir.

Ao todo, seis projetos sobre esgotamento sanitário foram avaliados nessa reunião. Segundo o pesquisador, dentre os temas estavam a busca de tecnologia de tratamento de lodo de tanque séptico, que são os resíduos sólidos do esgoto familiar; alternativas para o gerenciamento seguro de lodos de esgoto; uso da tecnologia Wetlands ou filtro raiz para o tratamento do esgoto; avaliação da aplicação de diferentes técnicas filtro raiz; e avaliação operacional e da eficiência de lagoas de estabilização. A próxima reunião já está marcada para novembro e estudará os projetos voltados para as áreas de abastecimento de água, de projetos do mesmo edital.

Odir explicou que a destinação do lodo produzido no tanque séptico ainda é um sério problema. "O lodo não é considerado resíduo, mas é um dos produtos que apresentam grande problema na destinação final, pois é altamente poluente. Uma outra questão ligada ao lodo é como recolher, de modo seguro, este material das fossas. Ainda não existe um modo 100% seguro para isso. O uso da tecnologia Wetlands ou filtro raiz no tratamento de esgotos já mostra alguns resultados positivos. Nós, da ENSP, trabalhamos em uma projeto que usa essa tecnologia na Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Agora, estamos verificando a aplicação desse sistema em regiões Amazônicas, áreas alagadas onde residem moradores em palafitas e casas flutuantes", apontou.

Odir lembrou ainda que outros pesquisadores da ENSP já ocuparam o cargo que ele ocupa hoje de representante da Fiocruz na Funasa, e contou que antes dele representavam a Fiocruz os pesquisadores Teófilo do Nascimento Monteiro, que hoje está na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e Aldo Pacheco Ferreira, pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP).

Foto Wetland: João Vitor Toniato, Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS/Uerj)

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