Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Seminário sobre força de trabalho em atenção básica: apresentações disponíveis na internet

Já estão disponíveis na página eletrônica do Ministério da Saúde as apresentações feitas no I Seminário Internacional sobre Planejamento da Força de Trabalho em Atenção Básica à Saúde, realizado de 2 a 5 de junho, em Brasília. O evento permitiu a troca de experiências voltadas para o desenvolvimento, distribuição e qualificação de recursos humanos em saúde, capazes de alinhar ensino às necessidades concretas de determinadas populações.

O seminário foi organizado pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), e a Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Contou com representantes da OMS, da Aliança Global pela Força de Trabalho em Saúde, dos ministérios da Saúde do Canadá e da Jamaica, além de pesquisadores de instituições acadêmicas, representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), dos Colegiados dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems) de Minas Gerais e do Ceará e, ainda, membros dos conselhos federais de Medicina, Enfermagem, Odontologia, Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Assistência Social.

As pesquisadoras Maria Helena Machado e Neuza Moysés, da Estação de Trabalho ENSP/Fiocruz, da Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde, participaram das mesas "O caso brasileiro: progressos e desafios do planejamento da força de trabalho em atenção básica à saúde" e "Capacitação e transferência de conhecimento".

Sistema projeta situação de profissional de saúde no futuro

Um dos destaques do evento foi o sistema Consortium, produto gerado através de cooperação internacional entre Brasil, Canadá e Jamaica. Liderado pela OMS, o projeto está em andamento e visa, junto com a SGTES, a experimentação de uma ferramenta de gestão em municípios dos estados de Minas Gerais e Ceará.

De acordo com Raphael Aguiar, médico sanitarista do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da UFMG e coordenador do projeto no Brasil, a idéia desse modelo é que a partir de informações epidemiológicas e demográficas de uma determinada região para projetar a situação dos profissionais de saúde daquela área em alguns anos, mostrando se vai haver escassez ou excesso de profissionais. "Uma vez diagnosticada a situação da região, o modelo ajudará gestores a simular diferentes políticas de acordo com a realidade local. O primeiro passo é adaptar essa ferramenta ao contexto brasileiro, já que é um modelo vindo do Canadá", comentou Raphael.

A discussão sobre a distribuição e a fixação de profissionais de saúde é uma das questões que também desperta interesse em outros países. "O seminário é é exemplo de um evento de planejamento que nos permite pensar em como resolver o problema da concentração de profissionais. O Brasil quer buscar metodologia, cálculos, modelos de distribuição de pessoal para realizar uma política cada vez mais adequada", afirma Maria Helena Machado, diretora do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho e pesquisadora da ENSP/Fiocruz.

Para Francisco Campos, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do MS, ressaltou também que, para suprir a carência de profissionais de saúde, é necessário que haja iniciativas como o programa Telessaúde e a recente medida em que médicos formados pelo Programa de Financiamento Estudantil (FIES) poderão abater a dívida com trabalho em localidades que o Ministério da Saúde considerar prioritários. "Não existe uma solução única para um problema como esse. Todas as medidas e propostas devem ser levadas simultaneamente para resolver um problema complexo que não atinge só o Brasil", completa Campos.

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