Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Evento apresenta implementação da ESF em grandes centros urbanos

No dia 8 de abril, a coordenadora do Núcleo de Estudos Políticos-Sociais em Saúde do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Nupes/Daps/ENSP), Lígia Giovanella, foi a expositora da sessão científica 'Estudos de Casos sobre Implementação da Estratégia de Saúde da Família em Quatro Grandes Centros Urbanos'. A pesquisadora mostrou os resultados da pesquisa realizada em quatro grandes centros urbanos - Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Vitória (ES) - que contam com quase 70% de cobertura de saúde da família.

De acordo com Lígia, para obter os resultados, foram aplicados ao todo 4.647 questionários para gestores, profissionais de saúde e famílias. Além de discutir sobre as potencialidades da Estratégia de Saúde da Família, o estudo buscou avaliar também a conformação de uma rede integrada de serviços de saúde como porta de entrada preferencial ao sistema de saúde.

Durante a exposição, Lígia Giovanella apresentou cada uma das etapas da pesquisa. Entre os resultados positivos e negativos, destacou o fato de que todos os gestores ouvidos consideraram a Estratégia de Saúde da Família como a porta de entrada para o sistema de saúde. Outro ponto favorável foi a melhoria dos fluxos para o acesso à maternidade a partir das equipes de Saúde da Família. Entretanto, um dos problemas relatados foi a demora para marcação de consultas com médicos especialistas, fazendo com que muitas vezes os usuários tivessem que aguardar até três meses o atendimento.

A pesquisadora ressaltou alguns fatores importantes no processo de interdependência no sistema, na atuação profissional e na experiência do paciente ao ser cuidado. Dentre eles estão a integração (expressa na organização do sistema de saúde), a coordenação (dependente da integração da rede de serviços, sendo realizada no nível do cuidado individual dos profissionais de saúde no processo de atenção) e a continuidade do cuidado (dimensão qualitativa do serviço que é vivenciado pelo paciente, dependendo do grau de coordenação e integração da rede). A intersetorialidade também foi destacada como um fator determinante, pois é vital para a obtenção de uma atenção primária abrangente.

"Os resultados obtidos indicam as potencialidades da Saúde da Família ao ser implementada em uma perspectiva de atenção primária em saúde mais abrangente e que reoriente a organização do sistema de saúde para garantia do direito universal à saúde", concluiu a pesquisadora.

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