Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Hospital seguro é tema do Dia Mundial da Saúde 2009

Segundo a diretora geral da Organização Mundial de Saúde, Margareth Chan, as tragédias, catástrofes e situações de emergência pioram quando os serviços de saúde falham. Com esta premissa, a campanha "Salvar Vidas - Hospitais seguros em situação de emergência" foi lançada como tema para o Dia Mundial da Saúde 2009, celebrado no dia 7 de abril desde a fundação da OMS, em 1948. Este ano, a campanha prioriza a importância do investimento em infraestruturas resistentes aos perigos e capazes de dar respostas às necessidades sanitárias da população.

O tema abordado ressalta a relevância da garantia da segurança em unidades de saúde de um modo geral e também a capacitação de recursos humanos em saúde perante as situações de emergência. De acordo com o pesquisador do Departamento de Administração em Planejamento em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Daps/ENSP), Walter Mendes, há alguns anos, a OMS criou o programa Alliance for Patient Safety com o objetivo de discutir a questão da segurança do paciente. "Vários estudo em todo o mundo começaram a ser feitos sobre este tema. Todos eles mostravam que o número de eventos adversos decorrentes de atendimentos em saúde era bastante alto. Muito mais do que se imaginava", disse ele.

O pesquisador disse ainda que os resultados encontrados em nosso país não foram diferentes. "Aqui no Brasil, realizei esta pesquisa como tema da minha tese de doutorado, e os números encontrados ficaram em torno de 10%. Isso significa que 10% dos pacientes que internam em hospitais brasileiros sofrem algum tipo de evento adverso em decorrência do cuidado, do atendimento. Não existe no país um número seguro, mas este é significativo e preocupante. Esses problemas sempre aconteceram, mas nunca tinham sido quantificados", apontou.

Para a OMS, este já é considerado um problema mundial. Desde que foi criado, o Alliance for Patient Safety elaborou várias comissões em todo o mundo e já desenvolveu duas campanhas. A primeira com o objetivo de diminuir o número de infecções hospitalares por meio de um protocolo de lavagens de mãos. A segunda ação, também disseminada em todo o mundo, aborda a questão da cirurgia segura. Mendes lembrou que apenas duas brasileiras integram essas comissões: Claudia Travassos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e Hillegonda Maria Dutilh Novaes, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Nacarta publicada em referência ao Dia Mundial da Saúde, Margaret Chan aponta que é importante que se construam hospitais e Centros de Saúde capazes de suportar os impactos de mudanças climáticas e desastres. Além disso, os planos hospitalares devem estar integrados a programas de gestão de risco e enfrentamento de emergências. Para tanto, serão propostas uma série de práticas que podem ser aplicadas em diferentes contextos. As medidas vão desde o uso de sistemas de alerta antecipados e evacuação hospitalar até a proteção de equipamento e adoção de medidas para lutar contra infecções.

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