Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Região nordeste terá doutorado em saúde pública da ENSP

A ENSP levará seu doutorado em saúde pública para a região nordeste do país. A iniciativa faz parte do Programa de Doutorado Interinstitucional (Dinter) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no qual a Escola atuará como insituição promotora na formação de 20 doutores em quatro instituições. A participação da ENSP tem por objetivo fortalecer o quadro de recursos humanos na região nordeste e formar docentes para a realização do mestrado em saúde pública, que será organizado pelas instituições participantes.

O Dinter é considerado um programa de alta solidariedade acadêmica entre instituições. A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) atuará como instituição receptora do programa, enquanto a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) serão as instituições associadas ao doutorado em saúde pública.

A demanda para a oferta do doutorado na região nordeste surgiu da Ufal na época em que a pesquisadora Elisabeth Artman ainda era coordenadora da pós-graduação em Saúde Pública da ENSP. Naquela ocasião, as duas instituições começaram a costurar o acordo quando então surgiu a proposta da UFPB. Já na coordenação da pós, período em que surgiu a proposta da Paraíba, Cristina Guilam afirmou que unificar as duas demandas seria a maneira mais adequada de abranger a região nordeste de forma mais ampla. "Recebemos a demanda da UFPB por intermédio da pesquisadora Maria Helena Barros. Quando essa proposta chegou, achamos que seria mais interessante unificar as duas demandas para melhor atendermos a região nordeste. Comentamos com as duas instituições, e elas consentiram que o doutorado fosse oferecido de forma conjunta. Com isso, acabamos agregando mais duas outras universidades federais".

ENSP cumpre seu papel enquanto Escola Nacional

A aprovação do projeto saiu em janeiro de 2009, e ele irá formar 20 doutores nas quatro instituições, durante quatro anos, da mesma forma que o curso acontece na ENSP. Sendo assim, o doutorado interinstitucional terá os mesmos regimentos, as mesmas normas, o mesmo corpo docente e o mesmo grau de exigência do curso realizado na ENSP. Contudo, como se trata de um doutorado específico, foram selecionadas algumas linhas de pesquisa de acordo com as demandas locais. São elas: Avaliação de Politicas, Sistemas e Programas de Saúde; Desigualdades Sociais, Modelos de Desenvolvimento e Saúde; Determinação e Controle de Endemias; Direito, Saúde e Cidadania; Gênero e Saúde; Planejamento e Gestão em Saúde; Promoção da Saúde; Saúde e Trabalho; e Saúde Mental. "É importante destacar que as linhas de pesquisa foram demandadas pelas necessidades que a região possui. Nem todas as universidades possuem a quantidade de pesquisadores que temos aqui, nem essa variação de linhas de pesquisa. Portanto, fizemos com eles uma seleção das linhas prioritárias no momento", observou Cristina.


Maria Helena Barros afirmou que o edital deverá ser lançado em breve, e o objetivo é dar inicio ao curso no segundo semestre de 2009. Além disso, ressaltou que um dos principais desdobramentos do curso será a formação de doutores para participarem do mestrado em saúde pública que será requisitado pelas instituições nordestinas. "Trata-se de uma 'via de mão dupla'. Nós vamos conhecer melhor a realidade da região nordeste enquanto ajudaremos a formar colegas e parceiros em prol da melhoria da saúde pública no Brasil. Também estaremos contribuindo para a autonomia dessas universidades", admitiu a pesquisadora, que fez questão de comentar a adesão do projeto na Escola. "É um projeto institucional muito bem encaminhado, solidário, que teve o apoio da direção da ENSP a todo momento. É importante termos total respaldo institucional".

O doutorado é destinado aos docentes das quatro instituições; as disciplinas obrigatórias serão realizadas em João Pessoa (PB) e algumas aulas ministradas pela internet. Cristina Guilam ressaltou o apoio dado pela vice-presidência da Fiocruz por meio da pesquisadora Maria do Carmo Leal e pela coordenadora de Pós-graduação da Fiocruz, Virgina Hortale. Além disso destacou o papel de Escola Nacional exercido pela ENSP. "Faz parte da missão institucional da ENSP essa contribuição para a formação de quadros em regiões que têm uma disparidade em relação à região sudeste. Somos uma Escola Nacional, e é uma honra contribuir nesse sentido. Trata-se de uma demanda muito institucionalizada. Todos os pontos foram bem encaminhados e encontraram apoio na pós, na direção e na presidência da Fiocruz. Esse projeto só vai ser viável porque temos um conjunto de docentes que possui um alto compromisso com a produção cientifica, com a formação de quadros".

A coordenadora da pós-graduação em saúde pública informou, ainda, que será realizado um evento para a apresentação do programa em toda a ENSP.

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