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Formação de RH é central para sistema de saúde mais solidário

"Temos a certeza de que podemos construir um sistema de saúde mais solidário, e a formação de recursos humanos é uma questão central", afirmou o secretário de Gestão e do Trabalho em Educação da Saúde do Ministério da Saúde (Sgtes/MS), Francisco Campos, na cerimônia de encerramento da segunda turma do curso internacional de Especialização em Gestão de Políticas de Recursos Humanos em Saúde (Cirhus), turma Cone Sul.

A turma contou com a participação de 26 profissionais provenientes da Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e ainda de três estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. "Com esse curso, completamos a cobertura da América do Sul em recursos humanos", apontou José Roberto Ferreira, da Assessoria de Cooperação Internacional da Fiocruz.

Além de Francisco Campos e José Roberto, a mesa foi constituída por Neuza Moysés, coordenadora do curso; pelo diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho; pelo gerente da Unidade Técnica de Políticas de Recursos Humanos da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), José Paranaguá; pela consultora da Opas/Argentina em Recursos Humanos, Judith Sullivan; e pelo assessor regional de recursos humanos da Rede de Observatórios de Recursos Humanos das Américas em Washington, Felix Rigoli.

A representante da turma e aluna do curso, Ana Lúcia Silva, falou da integração do profissionais das diversas nacionalidades. "Com certeza, a integração entre profissionais e países facilita a discussão da gestão do trabalho e a resolução dos problemas identificados", analisou. Já a consultora da Opas Judith Sullivan destacou a importância do Cirhus para os marcos de cooperação técnica, aprendizagem e formação de RH entre os países. Por fim, Neuza Moysés destacou que o encerramento de cada curso traz a "sensação de missão cumprida e também coloca uma série de desafios para o futuro".

De acordo com a coordenadora do curso, a turma formada por profissionais de diferentes países mostrou inúmeros denominadores em comum. "Convivemos durante seis meses com a realidade desses países. E foi importante manter esse grupo para proporcionar maior intercâmbio de informações e troca de experiências, possibilitando, assim, um futuro de estreitamento de relações para o enfrentamento conjunto de problemas comuns na América Latina", disse. Neuza lembrou também cada profissional que fez parte da organização, desenvolvimento e finalização desse curso, participando ativamente de cada etapa.

Para o gerente da Unidade Técnica de Políticas de Recursos Humanos da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), José Paranaguá, o curso ajudou a construir valores em três dimensões: valores individuais, conhecimento coletivo e compartilhamento. Paranaguá destacou que, "o curso não é apenas um projeto brasileiro ou da Opas. É um projeto entre governos e representa a integração internacional. Durante suas etapas, encontramos muitas identidades na forma de problemas, mas também vimos surgir muitas possibilidades de ajuda mútua entre equipes e responsáveis pela construção de políticas de desenvolvimento de RH de cada país".

O assessor regional de recursos humanos da Rede de Observatórios de Recursos Humanos das Américas em Washington, Felix Rigoli, ressaltou a importância da cooperação entre países. "Essa experiência explora a capacidades e fortalece, cada vez mais, uma real comunidade de práticas e experiências sobre o tema".

Formação em RH: o elo perdido do Sistema Único de Saúde

O diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, destacou que, nesses 54 anos de existência, a Escola sempre prezou pelo contato com os alunos e afirmou que o fortalecimento da ENSP se dá pela troca de experiência com cada pessoa que passa pela instituição. "O curso se insere em uma tradição que constitui a identidade da Escola, um esforço institucional persistente de criar diálogo entre diferentes experiências. A experiência brasileira apresenta, claramente, uma lacuna na formação, gerência e desenvolvimento de recursos humanos no nosso sistema de saúde. De acordo com o diretor da ENSP, o curso representa um avanço, pois não há reforma e desenvolvimento do sistema de saúde sem mudança do perfil do profissional de saúde. "O Cirhus expressa um esforço conjunto para o processo de mudança nacional em busca de um sistema solidário".

Francisco Campos finalizou a solenidade reafirmando que é possível construir um sistema de saúde melhor e mais solidário. Para ele, a formação de recursos humanos é uma questão fundamental nessa estratégia. "Os problemas de saúde são os problemas do mundo. O diferencial está sendo a postura de alguns países em valorizar o profissional de recursos humanos como peça fundamental para a transformação".

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