Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social: plenária reforça política pedagógica baseada no ensino por competência

A Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) realizou, na última sexta-feira, (12/09), uma plenária de encerramento das atividades do Curso de Especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social, coordenado pela pesquisadora da ENSP, Maria de Fátima Lobato (Daps/ENSP). Durante a sessão, na qual os alunos se dividiram em três subgrupos para apresentar a resolução de situações-problema, todos exaltaram a diversidade da turma, composta por profissionais de diversas áreas, e a escolha pedagógica do curso, orientada para a concretização de uma reforma político-pedagógica voltada para a construção de programas de formação baseados em competência profissional - o ENSP em Movimento.


O curso teve o objetivo de formar profissionais da área de saúde, da educação e de áreas que tenham interface com o setor da saúde, membros de organizações comunitárias, gestores do SUS e das diferentes esferas do governo para desenvolver práticas de promoção da saúde e desenvolvimento social. A escolha pedagógica pelo ensino por competência buscou trabalhar com a resolução de situações-problema e relatos de prática, mudando o foco das aulas teóricas. Para isso, era recomendável que a turma, composta por 30 alunos, se dividisse em três grupos para trabalhar com os tutores. "A escolha pelos grupos obedeceu a diversidade das categorias profissionais, para que não acontecessem repetições e a troca fosse rica. Outra questão foi que procuramos mesclar aqueles que já vinham do trabalho e os recém formados, para que houvesse uma maior articulação de quem tinha a experiência com os recém formados".

Em todo o curso, que teve três unidades de aprendizagem, existiam plenárias nas quais os alunos apresentavam, uns aos outros, os resultados obtidos na busca ativa da bibliografia para entender cada situação colocada. "Era um momento em que eles socializavam as ações desenvolvidas entre os grupos e apresentavam os conceitos por eles trabalhados. A organização da plenária final foi realizada pelos alunos sem a interferência do tutor, pois a atuação na promoção da saúde requer o uso da criatividade e busca a participação social. Além disso, os alunos desenvolveram metodologias próprias para cada apresentação".

Ainda de acordo com a coordenadora, todas as situações apresentadas foram bem sucedidas, embora haja uma certa polêmica em relação a produção de conhecimento a partir da problematização de algumas questões. "Todos foram bem sucedidos e há sempre uma polêmica de como o conhecimento se forma a partir de uma metodologia como essa da problematização. Tradicionalmente, o ensino é calcado nas aulas tradicionais e teóricas e, quando observamos a riqueza dos conceitos trabalhados e sua relação com a política nacional de promoção da saúde e com ou autores, vimos o quanto os alunos aprenderam os conceitos. A plenária final coroou essa metodologia e é um resultado palpável do quanto ela funciona na produção do conhecimento".


A próxima turma está prevista para o segundo semestre de 2009. De acordo com Maria de Fátima, o curso conseguiu colocar em pratica o ENSP em Movimento, cuja proposição é essa mudança pedagógica dos cursos e a construção de um novo modelo voltado para a elaboração de processos de educação permanentes, unindo trabalho, formação e a construção de programas de formação profissional de forma pactuada. O próximo passo dos alunos será a apresentação dos Trabalhos de Conclusão de Curso, que visam a realização de projetos de intervenção voltados para o enfrentamento de situações criticas em seus locais de trabalho.

A plenária final contou com a participação de diversos pesquisadores de fora da ENSP. A Escola possui convênios com a Universidade de Coimbra, em Portugal, e duas pesquisadoras assistiram a sessão com o interesse de conhecer diferentes maneiras de trabalhar a promoção da saúde. Estiveram no encontro as portuguesas Maria do Rosário Pinheiro, da Faculdade de Filosofia e Ciências da Educação, e Irma Brito, da Faculdade de Enfermagem, além da professora Maria Amélia, da Unirio, e Vera Lima, representante da União Internacional de Promoção da Saúde e Educação para a Saúde (UIPES).

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