Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Pesquisa desenvolve ferramenta para aprimorar Vigilância Sanitária em maternidades do RJ

'Desenvolvimento de critérios e indicadores para o monitoramento de maternidades pela Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro' foi o tema apresentado na Sessão Científica do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps/ENSP/Fiocruz) no dia 13 de agosto. O trabalho foi desenvolvido pelos pesquisadores Marina Ferreira de Noronha, Iúri da Costa Leite, Joyce Mendes Schramm, Raulino Sabino e Cynthia Braga da Cunha.

Com o objetivo de desenvolver indicadores para o monitoramento das maternidades do Estado do Rio de Janeiro, o trabalho reuniu dados coletados no Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc), no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), no Cadastro de Estabelecimentos de Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) e no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), para os anos de 2000 e 2003.

"Com os dados disponíveis, podemos detectar as inconsistências de cada uma das bases e as diferentes bases no nível de agregação hospitalar", informou Marina Noronha. Pôde-se encontrar hospitais registrados no SIM e no Sinasc com mais de um código de estabelecimento, cadastros incompletos na Secretaria de Saúde e no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, além de hospitais com mais de um CNPJ no Sistema de Informações Hospitalares do SUS.

O cadastro mensal de hospitais também apresentou números importantes. A partir de dados fornecidos pelo banco de Autorizações de Internações Hospitalares (AIHs), foi possível perceber um aumento de entradas de hospitais cadastrados no mês de agosto. Esses números somaram um total de 221 novos hospitais cadastrados. "É um problema esse aumento de hospitais no meio do ano. Na verdade, até agosto alguns hospitais têm um CNPJ e a partir de agosto, outro. Essa mudança acaba resultando num acréscimo irreal no cadastro de hospitais. Por conta disso, é necessário ter cautela ao analisar esses números", explicou a pesquisadora.

Dados mostram melhoria nos serviços

A proporção entre os neonatos - bebês de até quatro semanas - por tipo de partos e peso e a complexidade dos hospitais abertos para o atendimento também foram um dos aspectos investigados. De acordo com Marina Noronha, de um modo geral, os números encontrados foram muitos favoráveis. Entre 2000 e 2003, o número de partos realizados em hospitais considerados de grande complexidade, do SUS ou não, aumentou; e o número de partos de bebês abaixo do peso, em hospitais do SUS com baixa estrutura, diminuiu.

"Pela proporção encontrada, obtivemos um bom resultado. De 2000 a 2003, o número de crianças nascidas abaixo do peso, com no máximo 1500g, em maternidades ou hospitais de grande complexidade aumentou, o que garante um bom atendimento para a criança que necessita de cuidados especiais e para a mãe", destacou Marina.

A pesquisa também apontou bons resultados no aumento de hospitais com melhoria de estrutura para o atendimento de neonatos: o número de estabelecimentos de saúde, com risco baixo e resultados bons, no Estado do Rio de Janeiro cresceu significativamente.

Os resultados imediatos obtidos no estudo foram muito importantes, mas não é só isso. "Desenvolver instrumentos que, por meio da utilização das bases de dados secundários, possam auxiliar no planejamento das ações de Vigilância Sanitária do estado do Rio de Janeiro e, principalmente, criar um sistema de informações para o monitoramento das maternidades", finaliza Marina.

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