Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Fiocruz e Manguinhos unidas contra a dengue

"Este é um esforço de aproximação entre o saber científico e o saber da comunidade em busca de melhores condições de vida para a população do Complexo de Manguinhos", afirmou o assessor de Projetos Sociais da ENSP, José Leonídio Madureira, no 1º Encontro do Grupo de Ações Contínuas Contra a Dengue, que ocorreu em 26 de junho, na Escola.


O evento reuniu o corpo técnico científico da Fiocruz e o movimento social Local da Comunidade para desenvolver estratégias de mobilização, educação e intervenção integrada e continuada nas comunidades do entorno da Fundação.

De acordo com Leonídio, esse movimento tem o objetivo de elaborar políticas públicas e desenvolver propostas no campo da saúde. "Não podemos continuar fazendo apenas ações pontuais. Isso não resolverá os problemas da comunidade. Precisamos de ações contínuas", afirmou ele. A mesa de debate do encontro foi composta de Leandro Borges, da Diretoria de Administração Central (Dirac/Fiocruz); Elizabeth Campos, coordenadora do Espaço Casa Viva/RedeCCAP; Alexandre Pessoa Dias, de Bio-Manguinhos; Paulo Roberto, do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA/ENSP); Nildimar Alves Honório, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e Cristina Barros de Medeiros, da Coordenação de Projetos sociais da Fiocruz.

Elizabeth Campos comentou que essa é uma ação inédita no inverno. "Não podemos esperar chegar o verão e junto a ele uma nova epidemia. Estamos aqui para desenvolver ações que tragam soluções para esse problema", disse Elizabeth. Para ela, também é muito importante que as ações respeitem as especificidades de cada região e apontou: "Devemos levar em consideração a cultura, os hábitos e as características de cada comunidade na elaboração das ações. Este é o momento para, juntos, pensarmos os melhores caminhos".

A proposta apresentada por Elizabeth para o enfrentamento da dengue trabalha com três eixos principais: realização de oficinas de treinamento e capacitação para a comunidade, ações de diagnóstico local e curso de formação de multiplicadores para o controle de vetores. "Todas as nossas ações são baseadas na educação continuada da população. Sem esse foco, os nossos esforços serão em vão. Precisamos promover, na comunidade, o despertar para a cidadania ativa, e fazer de cada morador um agente capaz de intervir na sua própria casa, na sua própria comunidade", explicou ela.

Para Alexandre Dias, o desafio é transformar informação em efetivação. "É a reunião dos diferentes pontos de vista, linguagens e pensamentos que permitirá o desenvolvimento das ações continuadas. Hoje queremos estabelecer um diálogo direto com todos os atores envolvidos nessa campanha. Uma discussão participativa que una saberes e experiências em prol da saúde e da qualidade de vida de Manguinhos", concluiu ele.

O Grupo de Ações Contínuas Contra a Dengue é resultado de uma demanda da comunidade para o enfrentamento da dengue, e esta primeira reunião do grupo é um desdobramento do Dia D de combate à dengue nas comunidades, realizado no dia 14 de abril, que mobilizou a população na identificação e eliminação de focos do mosquito Aedes Aegypti em Manguinhos. Na campanha, foram montadas 14 brigadas que percorreram 14 comunidades, visitando residências, coletando larvas e pupas para identificação, aplicando biolarvicidas, recolhendo lixo branco, registrando reclamações e sugestões dos moradores, bem como conscientizando a comunidade para a prevenção com a distribuição de panfletos e atividades lúdicas como o teatro.

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