Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Pesquisa do Ipea revela que 34,5 milhões de brasileiros ainda vivem sem esgoto nas cidades

Apesar do crescimento de 3,2 pontos percentuais desde 2001 na cobertura dos serviços de saneamento no país, 34,5 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso à coleta de esgoto nas áreas urbanas. Nos dados divulgados pelo Ipea, 73,2% dos brasileiros têm acesso simultâneo aos serviços de saneamento. Estes serviços avançaram mais entre a população negra que entre os brancos de 2001 a 2006.

Nas cidades brasileiras, no entanto, os negros ainda sofrem em uma proporção quase duas vezes maior com a oferta insuficiente desses serviços, quando comparados com os brancos. De modo que as desigualdades também se fazem notar sob a perspectiva racial.

A população atendida por serviços de água canalizada chega à taxa de 91%, os serviços de esgotamento sanitário alcançam 77,8% e a coleta de lixo beneficia 97,1% da população urbana brasileira.

Habitação

Há superlotação nos domicílios urbanos, porque 13,2 milhões de pessoas vivem à razão de três pessoas por dormitório. Há também ônus excessivo com aluguel, porque 5,1 milhões de indivíduos gastam mais de 30% da renda em aluguel. Já a irregularidade fundiária atinge 7,6 milhões.

Desigualdade regional

A falta de saneamento adequado atinge seis vezes mais pessoas das cidades do Norte e quatro vezes mais as do Nordeste se comparadas à população do Sudeste.



A expectativa do governo brasileiro é de alcançar em quatro anos a meta relativa a saneamento dentro do objetivo de garantir a sustentabilidade ambiental, estabelecido pela ONU como um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM): reduzir à metade a proporção da população sem acesso permanente e sustentável a água potável e esgotamento sanitário até 2015.

Segundo a pesquisadora do IPEA Maria da Piedade, o Brasil atinge a meta de água, mas não a de esgoto. "Considerando que a proporção da população urbana com cobertura pelos serviços de abastecimento de água por rede geral canalizada no interior do domicílio em 1992 - ano base para o estabelecimento da meta - era de 82,3% e que a meta para 2015 é alcançar 91,2% da população urbana,mantido o ritmo de crescimento da cobertura desses serviços, que foi de 0,61 ponto percentual ao ano entre 1992 e 2006, o Brasil deverá atingir a meta referente ao acesso a água potável nas áreas urbanas em breve", diz ela.

Clique aqui e veja os dados completos da pesquisa.

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