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Reformulação no lato sensu ENSP é apresentada no II SBEPS

'Ensino e Competência: a diversidade dentro da multidisciplinaridade no ensino' foi o tema da primeira mesa na sexta feira (16/5) - último dia do II Seminário Brasileiro de Efetividade da Promoção da Saúde. Nela, a pesquisadora do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da ENSP (Daps/ENSP), Maria de Fátima Lobato Tavares, apresentou uma proposta pedagógica da Escola de Governo da ENSP, que teve como objetivo a construção de um novo modelo político pedagógico na instituição, voltado para a elaboração de processos de educação permanentes, unindo trabalho, formação e a construção de programas de formação profissional de forma pactuada.

Completaram a mesa Dais Gonçalves Rocha, professora da Universidade Federal de Goiás; Cláudia Maria Bógus, da Faculdade de Saúde Pública da USP; e Hiram Arroyo, da Universidade de Porto Rico e integrante da União Internacional de Promoção da Saúde e Educação para a Saúde (UIPES). As apresentações buscaram discutir a questão do ensino sob o olhar da metodologia da competência, abordando esse tema dentro de uma multidisciplinariedade e a própria complexidade que envolve a promoção da saúde. Além disso, foram apresentados modelos de ensino tomando por base o método da competência.

Em sua palestra, Maria de Fátima apresentou a concretização de uma reforma político-pedagógica orientada para a construção de programas de formação baseados em competência profissional - necessária à prática dos trabalhadores da saúde, mediante procedimentos metodológicos que subsidiassem a construção de programas de formação profissional de forma pactuada -, o ENSP em Movimento. Na sua opinião, essa reforma foi necessária graças às demandas na construção de um novo modelo político-pedagógico que pudesse contribuir para a consolidação dos princípios do SUS e que, além disso, repensasse estratégias de ensino e o papel da ENSP na formação de recursos humanos no país.

Segundo a pesquisadora, essa reforma subsidiou um programa de formação com base em competência, visando desenvolver atitudes e habilidades para a reflexão crítica do setor saúde - na perspectiva da integralidade do cuidado, da forma intersetorial e interdisciplinar, por meio da intervenção nos determinantes sociais da saúde e na ampliação da cidadania como componentes importantes na consolidação do SUS. "Como resultado final deste processo de trabalho, foi construído um Programa de Formação em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social, que pode ser desenvolvido nas modalidades de Especialização (540 horas), Aperfeiçoamento (180 horas) e Atualização (80 horas), presencial ou a distância, lato sensu da área".

Maria de Fátima revelou que a estratégia pedagógica do programa inclui dinâmicas de acolhimento a cada início de unidade, educação permanente, colegiado e tutoria, grandes grupos, pequenos grupos, além de espaços de socialização e debates. "Essas práticas têm apontado resultados satisfatórios por parte dos alunos. É um curso que se pauta com apoio de tutoria e sai um pouco do modelo do ensino tradicional, com resolução de situações-problema, com apresentação de relatos de prática por parte dos alunos e síntese da resolução desses relatos. Esses procedimentos têm apresentado resultados satisfatórios".

Sobre o seminário, a palestrante afirmou ser importante para a ENSP, enquanto Escola Nacional de Saúde Pública que forma para o SUS, debater com profissionais de outras instituições essa proposta pedagógica para uma área bastante complexa como a promoção da saúde relacionada com o desenvolvimento social. "Espero que essa troca possa trazer um enriquecimento entre propostas pedagógicas, visando atingir uma multidisciplinariedade no ensino, que é o requisito necessário para trabalharmos na área da saúde", finalizou.

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