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Tabagismo e pandemia: pesquisadores defendem a sustentabilidade de políticas públicas de saúde

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Publicado em:14/07/2020
*Por Marcella Vieira

Tabagismo e pandemia: pesquisadores defendem a sustentabilidade de políticas públicas de saúdeA importância da sustentabilidade de políticas públicas de saúde que permeiem todos os espaços e esferas da sociedade. Foi esse um dos principais alertas dos participantes da roda de conversa on-line Tabagismo em Tempos de Pandemia. Promovido pela Editora Fiocruz, o encontro debateu os impactos da indústria do tabaco diante da grave emergência sanitária do novo coronavírus. Com transmissão pela VideoSaúde Distribuidora no canal oficial da Fiocruz no YouTube, o debate foi realizado no dia 7 de julho, como parte da agenda cultural da 1ª Feira Virtual das Editoras Universitárias. Uma das pautas da live foi Política de Controle do Tabaco no Brasil, título que integra a lista de livros com valores diferenciados na feira, promovida pela Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu).

A importância da sustentabilidade de políticas públicas de saúde que permeiem todos os espaços e esferas da sociedade. Foi esse um dos principais alertas dos participantes da roda de conversa on-line Tabagismo em Tempos de Pandemia. Promovido pela Editora Fiocruz, o encontro debateu os impactos da indústria do tabaco diante da grave emergência sanitária do novo coronavírus. Com transmissão pela VideoSaúde Distribuidora no canal oficial da Fiocruz no YouTube, o debate foi realizado no dia 7 de julho, como parte da agenda cultural da 1ª Feira Virtual das Editoras Universitárias. Um das pautas da live foi Política de Controle do Tabaco no Brasil, título que integra a lista de livros com valores diferenciados na feira, promovida pela Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu).

Vale ressaltar que o evento on-line foi realizado na mesma semana em que a Fiocruz participou da assinatura de acordo que transforma o seu Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab), vinculado à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), em referência da Organização Mundial da Saúde (OMS). O debate contou com a participação do público, que interagiu e fez diversos comentários e perguntas aos especialistas. Em pouco mais de 24 horas no ar, a conferência virtual já ultrapassava as mil visualizações. A roda de conversa está disponível, na íntegra, no canal da Fiocruz e pode ser visto aqui.

A mediação do evento ficou a cargo de Cristiani Vieira Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, à qual a Editora Fiocruz é vinculada. Professora e pesquisadora da ENSP/Fiocruz, Cristiani foi coorientadora de Leonardo Henriques Portes, autor da pesquisa que originou o livro. A obra foi lançada - em versões impressa e digital - pela Editora Fiocruz no dia 31 de maio, data em que é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco no calendário oficial da OMS. 

Epidemia do tabagismo: números alarmantes

À frente do Secretariado da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS no período 2014-2020, a sanitarista Vera Luiza da Costa e Silva abriu as apresentações e falou sobre os inúmeros desafios do cargo e da implementação do organismo. Ela também mostrou números alarmantes da epidemia do tabagismo: são cerca de oito milhões de mortes anuais causadas pelo uso direto do tabaco, além de 1,2 milhão de mortes/ano pelo tabagismo passivo. "Esse impacto sanitário e econômico do tabagismo forma um pano de fundo extremamente perverso em tempos de pandemia da Covid-19", alertou a doutora em Saúde Pública pela Ensp/Fiocruz.

Apesar de ter sido, segundo ela, negligenciado ou mal compreendido durante muito tempo, os prejuízos econômicos do tabagismo se dão das mais diversas formas, desde o nível familiar até um nível de Estado. “Esse impacto onera os cofres públicos com o tratamento dos fumantes e com o tratamento das doenças tabaco-relacionadas de uma forma muito maior do que a arrecadação dos impostos de produtos do tabaco”, destacou Vera, que defende que o tema entre definitivamente na agenda dos direitos humanos.

Ministro da Saúde no período 2007-2010 e pesquisador vinculado ao Centro de Estudos Estratégicos (CEE) da Fiocruz, José Gomes Temporão refletiu sobre o papel exercido pelo Brasil na implementação da Convenção-Quadro e sobre o lugar da política de controle do tabaco no Sistema Único de Saúde. “Embora as iniciativas nesse campo antecedam o próprio SUS, já que começaram de maneira mais concreta nos anos 1980, é no Sistema Único que essa estratégia e que essa dimensão de saúde pública encontra o seu espaço institucional, político e organizacional que a permite ganhar potência, velocidade e qualidade”, ressaltou.

Para Temporão, não há dúvidas de que as três décadas de consolidação do controle do tabaco no país – o período 1986-2016 – devem servir como exemplo para outras políticas de Estado. “Ao longo desses 30 anos, a gente observa um exemplo de como se deve estruturar uma política pública, em que se tem o governo, as sociedades médicas e especialistas, o Judiciário, a sociedade civil (o Parlamento), as universidades, as mídias, além das relações e dinâmicas entre os contextos nacional e internacional”, enalteceu o professor titular aposentado da ENSP/Fiocruz. 

Clique aqui e leia a matéria na íntegra. Assista, abaixo, o vídeo do debate. 


*Marcella Vieira é jornalista da Editora Fiocruz.

 


Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

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