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A pandemia e a saúde do trabalhador

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Publicado em:13/05/2020

Seja em serviços essenciais ou em home office, a pandemia do coronavírus afetou, e muito, a forma de trabalho. Direitos trabalhista, modo de trabalho, acúmulo de função, entre outros são os pontos que afetam os trabalhadores que enfretam esse momento tão desafiador. A Covid-19 tem afligido constantemente a saúde e o direito dos trabalhadores do país. Desde a exposição à doença, demissões e até flexibilizações de direitos, os profissionais mais afetados são aqueles considerados serviços essenciais, ou seja, trabalhadores que não podem parar devido à profissão que ocupam.

O tema tem chamado a atenção da grande mídia, que veicula quase que diariamente notícias sobre como a Covid-19 tem afetado o mundo do trabalho. É o caso do setor de enfermagem, por exemplo, que vem contabilizando cada vez mais casos de infecção da doença na classe. Para acompanhar esses dados, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) lançou o Observatório de Enfermagem, com o objetivo de mostrar a atualização de dados de profissionais infectados, casos confirmados e óbitos na categoria.
 
Outra situação que se destaca são os 800 casos confirmados da doença Covid-19 em trabalhadores da Petrobrás. Trabalhadores de plataforma e refinaria, tanto da empresa como terceirizados, que compõem serviços essenciais estão infectados. Foi o que constatou o Ministério de Minas e Energias e alertou o Ministério Público do Trabalho, que investiga os casos avaliando a responsabilidade da empresa. 
 
Com esses números, o MPT contabiliza mais de 10 mil denúncias desde que começou a pandemia. Com o intuito de auxiliar trabalhadores e empregadores, o órgão emitiu mais de sete mil recomendações com orientações para esses profissionais. As violações de direitos trabalhistas aumentaram 13,7% desde o último levantamento realizado.
 
Indo além da violação dos direitos trabalhistas, 40% dos brasileiros viram sua renda ser extinta ou reduzida para a metade durante a pandemia, segundo a pesquisa “Os brasileiros e o consumo no pós-isolamento”, realizada pela Confederação Nacional da Indústria. A redução salarial se dá pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda adotado pelo governo federal para manter os postos de trabalho durante a crise na saúde.
 
Mas todos esses problemas acarretam na saúde mental da população. Estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) constatou que os casos de ansiedade e estresse dobraram, enquanto casos de depressão subiram 90%. O estudo,  publicado pela The Lancet, ainda sem revisão, mostra também que as mulheres têm maior propensão a sofrer esses sintomas, já que acumulam trabalhos domésticos com outros afazeres. 
 


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