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"O SUS é a nossa fortaleza", afirmou diretor da ENSP sobre coronavírus

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Publicado em:13/03/2020
O diretor da ENSP, Hermano Castro, falou sobre a nova pandemia declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS): o coronavírus. Com o aumento do número de casos da doença e a disseminação global, ela chegou ao Brasil. No entanto, segundo as autoridades sanitárias, não há motivo para pânico. A Fundação, como não poderia ser diferente, está à frente desse enfrentamento. Entre as suas ações internas, elaborou um Plano de Contingência, do qual a ENSP fez parte. A Escola está participando de todas as ações e, atenta, seguindo as diretrizes e implementando as novas orientações. 
 
 

 
Castro reforçou que, do ponto de vista da saúde pública, o que precisamos é retardar a epidemia em nossos estados e municípios. Para tanto, estão sendo traçadas expectativa de atendimento e quantidade de leitos. Algumas medidas, como a proibição da realização de grandes eventos e aglomerações, já foram divulgadas pelo governo. Vale ressaltar que no Brasil temos problemas estruturais, entre eles o transporte público e a habitação, por exemplo, que terão que ser trabalhados de maneira intersetorial, em especial pela saúde pública. 
 
“Temos que escalonar as ações e elas devem ser trabalhadas na medida em que a crise for avançando. Mas, na dimensão individual, e na proporção possível, cada um deve fazer o que está ao seu alcance: evitar as aglomerações, lavar as mãos com sabão e utilizar álcool em gel com frequência, evitar cumprimentos, bem como contato com pessoas doentes. Outra coisa muito importânte se refere à disseminação de informações: somente devemos repassar informações confiáveis! Todos devemos estar atentos”, detalhou o diretor da Escola, que é médico pneumologista. Ele ressaltou que o SUS está preparado, mas que manter o seu financiamento é fundamental. “O Sistema Único de Saúde é a nossa fortaleza. Os cortes orçamentários que ele vem sofrendo representam um grande risco, em especial nas situações de crise. E é isso que deve ser combatido. Não podemos aceitar a diminuição dos recursos aplicados no SUS”.  
 
Orientações para trabalhadores e alunos da ENSP
 
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca segue as orientações divulgadas pela Fundação Oswaldo Cruz no documento Plano de Contingência da Fiocruz diante da pandemia da doença pelo SARS-CoV-2 (Covid-19), publicado em 12 de março de 2020, e que será permanentemente atualizado, de acordo com o estágio da pandemia. O diretor afirmou que os grandes eventos da Escola já marcados não serão realizados de forma presencial. Todos devem acontecer com o uso de ferramentas digitais de comunicação.  
 
Entre as orientações destacadas estão:
 
Procedimentos caso o trabalhador ou estudante esteja com sintomas de doença respiratória aguda (principalmente febre, tosse, dificuldades para respirar) ou tenha pessoas nessa situação no mesmo domicílio: 
 
• Não vá à Fiocruz até que os sintomas regridam, independentemente do tipo de vínculo que você tenha, e
avise sua chefia imediata;
• Avise ao Nust-CST imediatamente pelo telefone (21) 2598-4295 ou (21) 3885-1662 (horário comercial), ou pelo e-mail secretaria.nust@fiocruz.br, mesmo que trabalhe em unidades fora do Rio de Janeiro. Durante o contato, a equipe do Nust fará algumas perguntas sobre seu local de trabalho na Fiocruz e seu estado de saúde. Se você é um trabalhador terceirizado, consulte também os procedimentos determinados pela empresa. Esse contato com o Nust tem o objetivo de avaliar a incidência de casos suspeitos ou confirmados na instituição, para auxiliar na ativação da parte 5 deste Plano;
• Em casos de sintomas respiratórios mais graves, procure uma unidade de saúde próxima à residência.
 
Adoção de medidas coletivas de prevenção e proteção nos ambientes institucionais:
 
• Priorize o uso de ferramentas para a realização de reuniões e eventos a distância;
• Realize as reuniões necessárias em ambientes bem ventilados ou ao ar livre;
• Adie a realização de eventos presenciais em que esteja prevista grande concentração de pessoas. Nesses
casos, busque, sempre que possível, o uso de ferramentas a distância como alternativa;
• Recomenda-se que, sempre que possível, trabalhadores e estudantes com idade acima de 60 anos e que
sejam portadores de doenças crônicas, bem como pessoas com mais de 75 anos, exerçam suas atividades
de trabalho no domicílio;
•Gestores dos contratos relativos a serviço de alimentação nos campi da Fiocruz devem promover capacitação especial dos profissionais que manipulam os alimentos e propor monitorização colaborativa dessa atividade.
 
Viagens:
 
• Recomenda-se que, mesmo por motivos particulares, como férias, sejam evitadas viagens para outros países;
• Evite ou adie viagens nacionais a serviço;
• Viagens internacionais a serviço estão temporariamente suspensas, salvo exceções a serem avaliadas pelo gestor responsável;
• Ao regressar de viagens internacionais, o trabalhador ou aluno que estiver assintomático poderá desenvolver suas atividades normais na instituição.
 

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