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Ciência brasileira reduz tumor de idoso com câncer

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Publicado em:26/11/2019
Um tratamento inovador, feito com células reprogramadas do próprio paciente, conseguiu reverter a maioria dos tumores no corpo do mineiro Vamberto Luiz de Castro, que enfrentava a fase terminal de um linfoma agressivo nos ossos e já tinha passado por radioterapia e quimioterapia, sem sucesso, conforme informou o site da Universidade de São Paulo (USP), em 10/10. Menos de 20 dias depois, seus exames comprovavam a remissão do tumor e o funcionário público voltou para casa (13/10) “virtualmente” livre da doença, após 40 dias de internação.
 
Vamberto é o primeiro paciente da América Latina tratado com células CAR T, uma técnica descoberta e já aplicada no exterior, que consiste na manipulação de células do sistema imunológico para combater as células causadoras do câncer. O procedimento é adotado nos Estados Unidos como “úl- timo recurso para tratar linfomas e leuceminas avançadas, registrou o Portal R7 (14/10). Mais três pessoas estão sendo preparadas para receber a mesma terapia, conforme divulgou a Agência Estado (16/10).
 
A técnica foi desenvolvida no Brasil com financiamen- to público, observou G1 (14/10). “Nós desenvolvemos uma tecnologia toda nossa, toda nacional, dentro de um instituto público, dentro de um hospital público, apoiado pela USP, pela Fapesp, pelo CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e pelo Ministério da Saúde. Portanto, (é) um tratamento que se destina aos nossos pacientes do SUS”, disse ao G1 Dimas Tadeu Covas, médico hematologista e coordenador do CTC [Centro de Terapia Celular sediado na USP]. Matéria no Fantástico (13/10) salientou que foram necessários 11 anos de investimento de verbas públicas para formar pessoal, equipar laboratórios e dominar as técnicas do tratamento baseado na terapia celular.
 
De acordo com o site da Fapesp (10/10), a terapia de células CAR-T foi inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos, onde é oferecida por dois laboratórios farmacêuticos a um custo de US$ 400 mil – sem considerar os gastos com internação. Já a metodologia desenvolvida no CTC tem custo aproximado de R$ 150 mil, que pode se tornar ainda mais baixo se o tratamento passar a ser oferecido em larga escala. Além disso, o site da USP revelou (10/10) que a proposta é que o CTC mantenha aberto o protocolo de produção de células CAR T, permitindo que outros laboratórios reprodu- zam as técnicas para cuidar de mais pacientes, e possíveis de serem incluídos no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
*A nota foi publicada pela revista Radis de novembro/2019.

Fonte: Radis
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