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Fiocruz lança documentário sobre tradições dos povos indígenas

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Publicado em:18/09/2019
Fiocruz lança documentário sobre tradições dos povos indígenasO dia 13 de setembro marca os 12 anos da aprovação da Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas pela Organização das Nações Unidas (ONU). O documento garante a eles o direito de dizer e determinar como querem viver, ter seus sistemas próprios de educação, saúde, financiamento e resolução de conflitos; o direito de que sejam consultados antes de qualquer medida legislativa e administrativa que lhes afete; o direito à reparação quando suas terras forem ocupadas indevidamente, ou se alguma propriedade cultural, intelectual ou religiosa foi utilizada sem consentimento; e o direito de manter seus próprios meios de comunicação em suas línguas.
 
Para comemorar esta data e chamar atenção para a importância dos conhecimentos tradicionais indígenas, a Fiocruz lançou na última quinta-feira, 12 de setembro, no Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Brasília, o documentário Mboraihu – O Espírito que nos Une. O filme dá voz a rezadores, pajés, parteiras e professores indígenas de aldeias da etnia Guarani-Kaiowá que vivem na região conhecida como cone sul, no Mato Grosso do Sul.
 
O nome Mboraihu foi escolhido pelo significado na etnia guarani: amor. E é essa mensagem que o filme busca passar, além de dar voz e vez aos povos indígenas. No documentário eles contam suas histórias e cultura, explicando suas tradições com as plantas medicinais e as práticas de reza. Falam sobre a desapropriação de suas terras e plantações para exploração de mate e soja, escassez de recursos naturais e sobre o preconceito, racismo, discriminação e violência que ainda enfrentam. 
 
“Queremos conscientizar a sociedade sobre a importância de valorizar a cultura tradicional indígena para garantir o desenvolvimento sustentável no país. Buscamos ainda dar visibilidade às práticas tradicionais de cuidados e promover a valorização de manifestações culturais que contribuam para culturas diversificadas de cuidado no Sistema Único de Saúde, garantindo os princípios da integralidade, equidade, respeito, inclusão e cidadania”, explicou o produtor do documentário e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), Paulo Basta.
 
Logo após a exibição do documentário, trabalhadores da Unicef, Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde e ONU mulheres participaram de debate e destacaram que existem mais de 300 etnias indígenas diferentes e cada uma tem uma realidade. Lembraram da necessidade de fazer o resgate da cultura, a valorização do conhecimento da população indígena e a sensação de pertencimento dos mais jovens, o que poderia evitar as altas taxas de alcoolismo, uso de drogas e suicídio.

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