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ENSP homenageia criação da Fiocruz Amazônia

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Publicado em:11/09/2019
ENSP homenageia criação da Fiocruz AmazôniaReconhecida como uma segunda mãe, a madrinha acompanha o nascimento da criança dando suporte à sua criação e desenvolvimento. Na composição de uma instituição, não é diferente. Ao intitular a ENSP como madrinha da sua unidade, o Instituto Leônidas e Maria Deane, o atual diretor, Sergio Luz, dimensionou o vínculo estabelecido há 25 anos, quando a Escola, por intermédio do pesquisador Luciano Toledo, participou da criação da Fiocruz Amazônia. O tema fez parte das comemorações de 65 anos da ENSP, na quinta-feira, dia 5/9.
 
O evento “Comemoração dos 25 anos do Instituto Leônidas e Maria Deane: contribuições da ENSP na criação e desenvolvimento da Fiocruz Amazônia” reuniu amigos de longa data com participação na estruturação do Escritório Técnico Regional da Fiocruz na Amazônia (ETA), nome que antecedeu a denominação do ILMD. Responsável por coordenar o evento, Toledo relembrou a trajetória de atuação da Fiocruz na Amazônia - desde as expedições de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas até a intenção de instalar um escritório na região, o papel de Sergio Arouca nesse processo, a disputa pela sede e a aprovação da nova unidade durante o Congresso Interno da Fiocruz.
 
“Apesar do esforço concentrado na viabilização da sede própria da Fiocruz em Manaus, sabíamos que a implantação de um prédio não seria suficiente para caracterizar a presença da instituição na região. Havia a necessidade de pensar em uma estrutura organizacional que fosse dinâmica, para responder, num curto espaço de tempo, as demandas colocadas pela saúde e ambiente da Amazônia. Construímos, então, uma estrutura organizacional leve. A inauguração das instalações da Fiocruz de Manaus foi um ato político marcante e de extrema relevância para a realização dos objetivos históricos da instituição”, descreveu.


Primeiro gestor do ETA, o médico e pesquisador Marcus Barros enalteceu o papel dos pesquisadores Luciano Toledo e Paulo Sabroza no desenvolvimento das pesquisas na região Amazônica. “Por meio deles, começou a estratégia mais importante no desenvolvimento dessa unidade: o amadurecimento dos recursos humanos”.
 
Em seguida, fez uma alusão ao futebol para definir sua gestão no escritório, comparando-se ao zelador de um estádio de futebol e ao meia de ligação de uma equipe. “Tive funções de aparar a grama, marcar os limites com a cal, colocar a bola no centro e esperar que partida começasse com os craques. Contudo, além dessa tarefa, tinha uma outra muito maior: como um filho da terra, teria que ser o homem de ligação, o articulador com as populações locais da Amazônia”, explicou o convidado lembrando que toda sensibilização no âmbito da própria Fiocruz contagiou os amazonenses. “Toda Fiocruz foi para Manaus planejar o futuro centro de pesquisa. Isso impressionou quem estava lá e precisava elaborar o projeto”.
 
O atual diretor do ILMD/Fiocruz, Sergio Luz, destacou a especificidade da criação da Fiocruz Amazônia. “A Amazônia é única, e a construção da Fiocruz na região também foi singular. Iniciamos uma unidade sem espaço físico, sem pessoal e vale muito ressaltar o esforço realizado por toda Fundação. Esse esforço, aliás, faz a Fiocruz ser o que é. Me sinto um privilegiado de estar aqui, de fazer parte dessa história. Temos a ENSP como nossa madrinha, que há 25 anos levou a Fiocruz para Amazônia. Nada melhor do que celebrar essa trajetória no aniversário da Escola”.


Na área de ensino, a gestão do pesquisador Luciano Toledo deixou como legado o primeiro curso de Mestrado interinstitucional em Saúde Pública da Amazônia Ocidental (MIA), executado pela ENSP/Fiocruz. Essa formação acadêmica, especificamente dirigida aos docentes da Fiocruz Manaus, da Universidade Federal do Amazonas, da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas e o Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), foi iniciada e concluída sob coordenação das pesquisadoras Sheila Ferraz, Elizabeth Moreira e Eliana Labra.
 
A pesquisadora aposentada da Fiocruz Anamaria Tambellini afirmou que a relatoria do seminário “Os caminhos da Pesquisa em Sociobiodiversidade na Amazônia: a contribuição da ciência e da tecnologia para construção de um novo espaço regional” foi sua última atividade antes da aposentadoria, em 1994. “A publicação retrata tudo que aconteceu na região. Foi uma reunião com mais 300 pessoas e que tratou de assuntos importantíssimos, pois nasceu de uma necessidade expressa de contribuição da ciência para o avanço do processo de desenvolvimento do Amazonas naquele momento”. 
 
Acesse, no Canal da ENSP no Youtube, a playlist completa do evento.

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