Pesquisador da ENSP comenta decreto de internação involuntária

Publicado em:09/08/2019

Pesquisador da ENSP comenta decreto de internação involuntária Na segunda-feira (5/8), foi divulgado pelo prefeito Marcelo Crivella, um decreto, no qual foram estabelecidas regras referentes a internação involuntária de usuários de drogas em situação de rua. Segundo especialistas e dados do Sistema de Informação Hospitalar - disponíveis no painel de gestão do município e divulgados pelo Jornal O Globo - o município não possui estrutura para comportar a demanda, incluindo a que já existia, antes mesmo do decreto ser assinado.

Em entrevista ao Jornal O Globo, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENPS/Fiocruz), Paulo Fagundes, comenta, ainda, que as dificuldades no tratamento de dependentes químicos transcendem as problemáticas estruturais do município. Segundo Paulo, os usuários precisam de ações complementares para que os tratamentos aplicados apresentem resultados efetivos. "Hoje, no Rio, o tempo médio das internações nas unidades de saúde mental é de 20 dias. E depois que essa pessoa sair da internação? Eu citaria, por exemplo, a importância de questões como moradia e trabalho. Caso contrário, muitas delas podem voltar para as ruas", afirmou Fagundes.

Confira a reportagem.

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