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Pesquisador da ENSP comenta novos investimentos na APS

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Publicado em:09/07/2019
Pesquisador da ENSP comenta novos investimentos na APSO Ministério da Saúde acaba de anunciar um investimento de mais de 230 milhões de reais na Atenção Primária. Serão quase 10 mil novas equipes e serviços credenciados em 1.213 municípios, beneficiando cerca de 10 milhões de pessoas com mais acesso à Atenção Primária. De acordo com o pesquisador da ENSP e especialista na área, Daniel Soranz, pela primeira vez desde 2011 o Saúde da Família recebe uma programação de aumento de recursos, e tal fato deve ser comemorado. 
 
A Atenção Primária é a principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), para a garantia do acesso a cuidados fundamentais, para a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Com o aporte, serão credenciados 1.430 novas Equipes de Saúde da Família (ESF); 1.472 novas Equipes de Saúde Bucal; 6.287 novos Agentes Comunitários de Saúde; 565 novos Laboratórios de Próteses Dentárias; 140 novos Polos de Academias da Saúde; 50 novos Centros Especializados em Odontologia; 27 novas Equipes de Saúde Prisional; 10 novas Equipes de Consultórios na Rua; e 6 novas Unidades Odontológicas Móveis.
 
Segundo o MS, os recursos começam a ser repassados aos estados e municípios a partir do momento em que as novas equipes e serviços credenciados iniciam o atendimento à população. As contratações são feitas pelos gestores locais.
 
Durante o anúncio, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou a necessidade de reestruturar o SUS através da Atenção Primária à Saúde (APS): “Queremos construir a política de regionalização, junto aos secretários municipais de saúde, dividindo os municípios em distritos sanitários para melhor atender os mais de 200 milhões de brasileiros nos diferentes níveis de atenção: primária, média e alta. Assim, a APS não será mais apenas porta de entrada do SUS, será coordenadora e levará os pacientes à complementariedade em clínicas especializadas, com diagnósticos precisos para que cheguemos mais cedo nas terapias e tratamentos necessários”.
 
Pesquisador da ENSP comenta novos investimentos na APSPara Soranz, a fala de Mandeta é bastante animadora, pois reforça os princípios da APS. “O subfinanciamento das ações de saúde tem se agravado em todo o país, especialmente pela diminuição da participação Federal e Estadual no Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, os municípios, gradativamente, assumiram maior parcela nesse financiamento e muitos se encontram em dificuldades para expandir a rede de APS”, comentou Soranzs, que começou a sua carreira como médico de família no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da ENSP. 
 
O novo recurso proposto está alinhado às melhorias de acesso e ao credenciamento de novas equipes de saúde da família, apontou Soranz. Entretanto, ele alertou que alguns desafios permanecem: “Já se passam sete meses de governo e ainda não se tem uma solução estruturante para os Programa Mais Médicos. Além disso, a formação de médicos de família ainda é incipiente no país e com pouquíssimos incentivos por parte do governo federal; e o Sistema de Informação de Atenção Primária e seu prontuário eletrônico não avançam na produção de dados mínimos para as equipes ou para a gestão”, ressaltou. 
 
Estruturação da APS e novas propostas
 
O investimento é uma das primeiras medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, neste ano, para alcançar a meta de 50 mil equipes de Saúde da Família (ESF) em funcionamento cobrindo 70% da população brasileira até o ano de 2020. Atualmente, são 43 mil ESF no país responsáveis pelo atendimento de cerca de 63% da população.
 
O ministro anunciou ainda a publicação de portaria que pretende desburocratizar o fluxo da implantação de equipes e serviços da Atenção Primária a partir da maior autonomia dos gestores municipais ou distrital para expansão dos serviços.
 
Além disso, Luiz Henrique Mandetta informou que o Ministério da Saúde está finalizando uma nova proposta para provimento de médicos em áreas mais remotas do país. A expectativa é, em breve, lançar um programa que prevê a contratação federal de médicos para Atenção Primária, com formação específica em médicos de família, incluindo gratificação para áreas remotas.
 
Com informações do Ministério da Saúde
 


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