Diretor da ENSP comenta decisão do STF sobre uso de amianto no Brasil
A maior mina de amianto da América Latina, localizada em Goiás, foi desativada há 3 meses após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2017, foi proibida a produção, o comércio e o uso do amianto, do tipo crisotila, em todo o país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mineral é cancerígeno além de apresentar riscos de contaminação ao meio ambiente.
Em nota, a OMS aponta que todos os tipos de amianto podem causar câncer no pulmão, na laringe e no ovário, além de mesotelioma e asbestose. O Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da ENSP (Cesteh/ENSP) atende cerca de 400 trabalhadores que mantiveram contato longíquo com o amianto. Destes, 25% apresentaram alguma das doenças citadas anteriormente.
Em entrevista ao Fantástico, o diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Hermano Castro, reitera a importância da decisão do STF, considerando que a evolução das doenças ocorrem a longo prazo. "Se proibirmos hoje, você ainda terá 30 ou 40 anos de evolução para ter casos por mesotelioma. Por isso que eu acho que o STF tomou uma decisão acertada, precisa proibir no Brasil inteiro", declarou ele.
Assista a reportagem na íntegra aqui.
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