Pesquisadora analisa alta carga de tuberculose nos países africanos
Representando o Banco Mundial na 4ª reunião do Comité Consultivo Regional de Apoio à TB e aos Sistemas de Saúde da África Austral, em Livingstone, na Zâmbia, a pesquisadora Margareth Dalcolmo, da ENSP/Fiocruz, destacou a importância da união de vários atores, entre a medicina, a academia e a sociedade civil, para controlar a tuberculose nos países africanos com alta carga da doença. No encontro, que teve participação do ministro da Saúde da Zâmbia, Chitalu Chilufya, a pesquisadora do Centro de Referência Professor Hélio Fraga enfatizou a necessidade de ações de prevenção na população ainda não infectada pelo bacilo da TB.
Dalcolmo, que integra o Comitê Regional de Apoio a Projetos nas Áreas de Doenças Respiratórias Ocupacionais e Tuberculose para a África Subsaariana, lembrou os casos do Brasil quando mencionou a dificuldade de alcançar as metas da OMS. “Não sou otimista quanto às metas. Falo como especialista e a partir da experiência do meu país, que tem 61 mil casos de tuberculose a cada ano. O Brasil não é parte do grupo de alta carga da tuberculose e da Tb multiresistente aos medicamentos. No entanto, a velocidade com que o problema diminui nos faz ver com pessimismo a possibilidade de controlarmos e erradicarmos a doença até 2030. Não devemos esperar tratar as pessoas que adoecem, mas sim impedirmos que elas adoeçam”.
O ministro da Saúde da Zâmbia, Chitalu Chilufya, disse que o investimento em sistemas de saúde fortes e recursos humanos possibilitará enfrentar desafios da saúde pública como a tuberculose. Ele agradeceu ao Banco Mundial pelo investimento implementado na Zâmbia, Malawi, Lesoto e Moçambique no controle da doença.
A 4ª reunião do Comité Consultivo Regional de Apoio à TB aconteceu no final de novembro de 2018.
Com informações do Portal ZNBC e do jornal Notícias (Moçambique)
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