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Em busca de novas estratégias de vigilância para dengue, Zika e chikungunya

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Publicado em:14/01/2019
Em busca de novas estratégias de vigilância para dengue, Zika e chikungunyaDesafios para a saúde pública, o controle e a vigilância das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti são prioridades do Projeto ArboAlvo, liderado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pelo Programa de Computação Científica da Fiocruz (PROCC). A iniciativa busca o desenvolvimento de uma metodologia para estratificação do território em áreas de risco de transmissão dos vírus dengue, Zika e chikungunya, com base em parâmetros epidemiológicos, entomológicos, ambientais e sociodemográficos em cidades endêmicas para essas arboviroses. Para o estudo, foram selecionadas quatro capitais: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Natal (RN) e Campo Grande (MS). Coordenam as atividades as pesquisadoras Nildimar Honório, do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC, e Marília Carvalho, do PROCC.

Em um grande encontro, foram discutidas as perspectivas e o andamento do projeto, que tem como uma de suas propostas criar as condições necessárias para que gestores e técnicos das cidades participantes atuem de forma mais bem fundamentada, técnica e cientificamente, no direcionamento das ações de controle e vigilância das arboviroses. O Seminário Nacional ‘Estratégias de vigilância e controle para dengue, Zika e chikungunya em cidades endêmicas brasileiras’, realizado no final de 2018, na Fiocruz, no Rio de Janeiro, contou com a participação de cerca de 70 pessoas. A cerimônia de abertura contou com a participação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, do diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, do diretor do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antonio José Leal Costa, e da coordenadora do projeto ArboAlvo, Nildimar Honório. Também participaram da mesa representantes do Ministério da Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e do Programa de Computação Científica (PROCC).

Na ocasião, foram apresentadas as interfaces entre o projeto e os municípios envolvidos, além de estratégias para aprimorar a comunicação entre os gestores municipais e pesquisadores. “Dentre os principais resultados apresentados, destacamos a produção e análise de indicadores sociossanitários, ambientais, entomológicos e epidemiológicos na perspectiva da estratificação de áreas de risco para arboviroses nos municípios participantes do projeto. Estamos em uma fase avançada de desenvolvimento e diferentes análises estatísticas estão em andamento”, destacou Nildimar. Os próximos passos incluem a conclusão da modelagem estatística e a discussão sobre as possibilidades de incorporação da metodologia desenvolvida no projeto.

Sobre o Projeto

A iniciativa é fruto de demanda da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) e integra a rede internacional de pesquisa DENTARGET, composta por cientistas, profissionais e gestores de diferentes países que se dedicam à busca por métodos alternativos para a prevenção e o controle da dengue e outras arboviroses, em especial na América Latina.

O Projeto ArboAlvo é financiado pelo Ministério da Saúde e conta com a participação de pesquisadores do IOC, PROCC, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), Instituto René Rachou (Fiocruz/MG), da UFRJ e de profissionais dos quatro municípios envolvidos no projeto. Os pesquisadores Paulo Chagastelles Sabroza, da ENSP, e Christovam Barcellos, do ICICT, atuam como consultores científicos do projeto. A estratégia prevê, ainda, o desenvolvimento de ações de educação, informação e comunicação que ampliem a formação de profissionais de saúde para o direcionamento de ações de controle mais efetivas.

Por Lucas Rocha.
Edição: Vinícius Ferreira.

 


Fonte: Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)

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