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Curso internacional abordará vulnerabilidade e suas implicações para o risco de emergências e desastres

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Publicado em:15/10/2018
O Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) promoverá de 22 a 26 de outubro, o Curso internacional Metodologias participativas para abordagem da vulnerabilidade e suas implicações para a análise do risco de emergências e desastres: Brasil-Portugal. O curso tem por objetivo propor uma abordagem analítica, baseada na ecologia de saberes que consolide epistemologias cidadãs pertinentes à vulnerabilidade social, às mudanças climáticas e aos modos de vida sustentáveis. Coordenado pela pesquisadora do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP), Simone Oliveira, o curso contará com a participação do professores de Portugal Manoel Mendes, da Universidade de Coimbra, e José Zêzere, da Universidade de Lisboa.
 
Curso internacional abordará vulnerabilidade e suas implicações para o risco de emergências e desastres

Segundo a coordenadora do curso, as epistemologias cidadãs emergem das experiências acumuladas de populações locais que apoiam suas ações de ajuda mútua e solidariedade na construção de comunidades que desenvolvem a capacidade de recuperar e restabelecer laços sociais, modos de viver e seus territórios, quando confrontados com eventos extremos relacionados à mudança climática. “A vulnerabilidade social é um indicador crucial, não só para a gestão de riscos e desastres, mas também para promover a cidadania comunitária”, explicou ela.

O curso pretende discuti, empiricamente, metodologias capazes de elaborar o mapeamento participativo de vulnerabilidade social georreferenciada de municípios afetados por inundações e deslizamentos, comparativamente a municípios em Portugal, principalmente aqueles afetados por incêndios florestais e outros eventos extremos.

De acordo com Simone Oliveira, a discussão dessas metodologias parte do princípio da participação e experimentação baseadas na ecologia de saberes, que dá igual peso e importância a todos os saberes pertinentes, para que a mudança possa ser efetiva, principalmente através de novas formas de se relacionar e viver, e em articulação com públicos específicos e focalizados através de políticas públicas.

“O papel da ciência da cidadania, que promove a participação em todas as fases do desenho de políticas públicas, envolvendo tanto os tomadores de decisão quanto as comunidades envolvidas, é um princípio crucial, fornecendo uma base para a consolidação de políticas e práticas de médio e longo prazo”, destacou ela. 

Para a produção de indicadores de vulnerabilidade social relevantes que contribuam para a mudança social e para o fomento de modos de vida sustentáveis, as instituições participantes do curso trarão sua experiência sobre: índices de cidadania ativa (IBASE, Brasil); determinantes sociais da saúde (FIOCRUZ, Brasil); conhecimento sobre territórios e participação da comunidade na formulação e implementação de políticas públicas (FASE, Brasil; GEOHECO/UFRJ); mapeamento georreferenciado (IGOT, Portugal), além de índices de vulnerabilidade social e mapeamento e cidadania (CES, Portugal).

Ceensp especial abordará Metodologias participativas para mapeamento das vulnerabilidades e desastres

Na quarta-feira, 24 de outubro, o Centro de Estudo Miguel Murat de Vasconcelos da ENSP, acontecerá no âmbito do curso internacional. Será uma apresentação aberta ao público sobre aspectos do curso ligados às metodologias participativas. O Ceensp contará com a participação dos professores portugueses Manoel Mendes, da Universidade de Coimbra, e José Zêzere, da Universidade de Lisboa; e dos professores brasileiros Christovam Barcellos, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz), e da professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Antenora Siqueira. O debate, marcado para às 14 horas, no salão internacional da ENSP, será coordenado por Simone Oliveira.

 



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