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Trabalhadores da Fiocruz mobilizados em defesa do Museu Nacional

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Publicado em:05/09/2018
Trabalhadores e estudantes da Fiocruz participaram de dois Atos na segunda-feira (3/9) em defesa do Museu Nacional, completamente destruído por um incêndio que começou no início da noite do domingo (2/9). Eles se juntaram a milhares de pessoas, de diversos movimentos sociais, estudantis e entidades sindicais. Um misto de tristeza, emoção e revolta. No início da tarde, uma bomba de efeito moral e spray de pimenta chegaram a ser jogados para dispersar a multidão que apenas tentava entrar na Quinta da Boa Vista.

Novo Ato em solidariedade ao Museu e contra a política de destruição da Ciência e Tecnologia brasileiras já está convocado para sexta-feira (7/9). Com concentração a partir das 9 horas, em frente ao Museu do Índio, com caminhada até o Museu Nacional. A manifestação foi organizada numa reunião extraordinária, convocada de emergência, com a participação de mais de 90 pessoas, representando distintas instituições públicas (como Casa de Rui Barbosa, Fiocruz, MAST, UNIRIO, UFRJ, UFRRJ, UFF, UERJ e Fiocruz), sociedades científicas e profissionais (como SBPC e Abracor) e entidades representativas de trabalhadores e estudantes (como ASSAN, ASBN, ASCON-Rio, AFINCA, ASFOC-SN, ANPG, Coletivo MAST Resiste, SINDCECIERJ, SINTUFRJ, SEPE), além de profissionais do próprio Museu Nacional.

“Temos que agir, denunciar e não legitimar o golpe. A nossa centralidade na luta tem que ser derrotar os bestiais, os canalhas e os golpistas. Temos que também trazer na centralidade da luta a revogação da Emenda Constitucional 95, projeto do governo golpista. O projeto é de desmonte do Estado e da retirada de direitos dos trabalhadores e da população”, afirmou o presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido.

O diretor do Sindicato Carlos Fidelis Ponte também demonstrou toda a sua indignação. “O que foi destruído é um patrimônio científico e cultural do Brasil. Devíamos ter vergonha de achar que não temos nada a ver com isso. Nós temos! Resolvemos as coisas com o auxílio do capitão do mato, com o capataz, com o feitor, o laranja, o leão de chácara e com os parlamentares, e vamos depois assistir no Museu do Louvre o mundo civilizado. Temos que reagir, não deixar que isso aconteça. O prefeito (Marcelo Crivella) falou hoje uma bobagem. Ele acha que isso é só um prédio. Isso é a ciência brasileira. Ele não entende nada. Ele entende de igreja”.

Durante a manifestação, o chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz, Valcler Rangel, leu uma nota oficial divulgada na segunda. “A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) manifesta sua irrestrita solidariedade à comunidade da UFRJ e, em especial, do Museu Nacional, diante da tragédia que atingiu a instituição.

Este lamentável episódio do incêndio do Museu Nacional nos remete à reflexão sobre as condições que afetam as políticas públicas de preservação do patrimônio histórico, da cultura, da educação e da ciência mas, além disso, o setor público como um todo. Fruto da dedicação de profissionais durante os 200 anos de existência do Museu, as coleções lá existentes inspiraram gerações de brasileiros e visitantes de todo o mundo, possibilitando a pesquisa e a geração de conhecimento, centrais para a humanidade e para consolidação de nossa posição enquanto nação.

Dentre as causas desta tragédia, estão as políticas de austeridade fiscal, que atingem diretamente instituições públicas como as universidades, resultando no abandono de áreas tão sensíveis e fundamentais para o desenvolvimento do Brasil...”.

Clique aqui e veja algumas fotos do dia!
 

Fonte: Asfoc-SN

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