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Agroecologia contra o extrativismo predatório

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Publicado em:27/07/2018

Agroecologia contra o extrativismo predatórioO que contrapor ao poderoso agronegócio e ao papel de mero exportador de ítens agrícolas e minerais primários, que, há cinco séculos, é destinado ao Brasil na geopolítica mundial? A resposta se resume a uma palavra: a agroecologia. Mais do que um modelo de produção, ela é uma filosofia de vida que tem como um de seus princípios a produção de alimentos e de saúde não como uma mercadoria a ser posta a venda, mas um bem comum a que todos devam ter acesso.

 

Para debater esse tema, João Pedro Stédile, do MST, Paulo Frederico Petersen, da AS-PTA (Agricultura Familiar e Agroecologia), e Eliete Paraguassu, do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais da Bahia, estiveram presentes na mesa-redonda Alternativas ao modelo de desenvolvimento neoextrativista e as populações do campo, floresta e das águas, realizada na quinta-feira, 26 de julho, primeiro dia do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. O debate foi coordenado por Fernando Ferreira Carneiro. 

 

Agroecologia contra o extrativismo predatório



Stédile, em sua fala, destacou as diferenças entre o modelo do agronegócio e o do trabalho, além de ter elencado aliados na luta por uma distribuição mais justa das riquezas produzidas em nosso solo. Ouça, neste link, trecho da fala de João Pedro Stédile.

 

Paulo Frederico Petersen falou sobre a necessidade de construção de uma democracia de baixo para cima como forma de superar a atual crise política por que passa nosso país. Ouça a fala de Petersen no link.

 

Eliete Paraguassu, por sua vez, relatou como acidentes ambientais, frutos de um modelo predatório de exploração, vêm destruíndo a atividade pesqueira e a vida na Baía de Todos-os-Santos. A líder marisqueira e quilombola, que vive na Ilha de Maré, falou sobre o último deles: um vazamento de óleo depois do rompimento de um duto da Petrobras na cidade de Candeias, região metropolitana de Salvador: "Os pescadores começaram a encontrar petróleo nas redes. Esse é um rio importante, que é a extensão de um manguezal, uma área muito produtiva, com mariscos, camarão e canraguejos."

 

Esse não é nem o primeiro nem o segundo acidente na Baía de Todos-os-Santos, que sofre, há décadas, com derramamento de óleo e contaminação de metais pesados, como o chumbo. Uma luta que só não é inviabilizada pela luta das comunidades pesqueiras e quilombolas.


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