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'Provocações em relação ao peso corporal afetam adolescentes de baixa renda', revela pesquisa

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Publicado em:09/07/2018
'Provocações em relação ao peso corporal afetam adolescentes de baixa renda', revela pesquisaUm estudo, em 10 escolas públicas de São Paulo, revelou a insatisfação com o tamanho corporal que afeta o peso de adolescentes, principalmente do sexo feminino. De acordo com a pesquisa, na adolescência, nota-se preocupação crescente com a imagem corporal, levando a comparações influenciadas pelos conceitos sociais de atratividade, geralmente tipificados por um corpo magro. As 253 meninas entrevistadas relataram que foram provocadas por 38,5% de seus familiares e 40,6% de seus colegas. Em relação à provocação familiar, a maior prevalência foi de irmãos (55,7%), mães (40,9%) e pais (18,2%). 
 
A pesquisa de autoria de Sonia Tucunduva Philippi e Ana Carolina Barco Leme, da Universidade de São Paulo, entrevistou 253 meninas entre 14 a 18 anos. Os comportamentos de peso não saudáveis mais relatados foram: pular refeições (32,1%), dietas restritivas (17,9%) e jejum (17,1%). E, para os comportamentos saudáveis ​​de controle de peso, os mais citados foram: ingestão de mais frutas e hortaliças (65,4%), tamanho das porções de atenção (53,8%) e prática de atividade física regular (51,3%). Em geral, a média de satisfação corporal das meninas foi de 4,3. Os itens que os adolescentes relataram maior insatisfação foram estômago (63,7%) e peso (62,4%), e os itens com maior satisfação foram face (63,3%) e ombros (60,7%).
 
Também foi observado pelo estudo comportamentos insalubres de peso, tais como jejum, pílulas, indução de vômito, uso de laxantes, uso diurético, substituição de refeições (parcial), fumo e dieta restritiva. 
 
O estudo é uma análise secundária dos dados de base coletados em 2014, como parte de um ensaio clínico na escola chamado Alimentação Saudável, Garotas Saudáveis ​​- Brasil (H3G-Brasil). O H3G-Brasil foi um programa deseis meses de prevenção da obesidade para meninas de comunidades de baixa renda, cujo protocolo e métodos são publicados.
 
Os resultados, informam os pesquisadores, têm implicações para futuros esforços preventivos e ainda precisam de mais estudos. Segundo eles, atividades preventivas com o objetivo de diminuir a provocação ao peso são capazes de ampliar a abordagem de provocações ofensivas; e intervenções são necessárias para facilitar as interações positivas entre a família e os colegas, bem como reduzir o preconceito em relação à aparência. 
 
Eles ainda concluem que as escolas e o lar são ambientes adequados para intervenções, considerando que os adolescentes passam a maior parte do tempo na escola e são expostos a diferentes fontes de provocação, por exemplo, amigos, colegas e familiares. “Evidências sugeriram que o apoio social de amigos e familiares e a percepção da probabilidade e utilidade da intervenção influenciaram significativamente as preferências dos participantes para certos tipos de intervenção, especificamente na escola e no ambiente doméstico”, finalizam.
 
O artigo intitulado Provocações em relação ao peso corporal: a insatisfação com o próprio corpo afeta o comportamento de controle de peso de adolescentes brasileiras de comunidades de baixa renda?, de Sonia Tucunduva Philippi e Ana Carolina Barco Leme, foi publicado no Cadernos de Saúde Pública (vol. 34, n. 6), de junho de 2018.
 
 
 

Fonte: Artigo CSP

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