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Aula inaugural da Especialização em Saúde Pública debateu saúde em tempos de crise e austeridade

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Publicado em:06/04/2018

Aula inaugural da Especialização em Saúde Pública debateu saúde em tempos de crise e austeridadeO Curso de Especialização em Saúde Pública, reconhecido por acompanhar a trajetória da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) e expressar o compromisso institucional com o sistema público e universal de saúde, promoveu, no dia 2 de abril, a aula inaugural E a saúde? Adoecer e morrer em tempos de crise e austeridade. O encontro contou com a participação do atual diretor do Centro de Relações Internacionais da Fiocruz e ex-diretor da ENSP e da Fundação, Paulo Buss, do epidemiologista e especialista em avaliação de políticas públicas, Romulo Paes Sousa, e da pesquisadora do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos (Demqs/ENSP), Joice Andrade. A mesa foi coordenada pela vice-diretora de Ensino da Escola, Lúcia Dupret.

Confira, no vídeo abaixo, as falas da mesa de abertura.

 


Coordenado pelas pesquisadoras Tatiana Wargas de Faria Baptista, Lenice Gnocchi da Costa Reis e Delaine Martins Costa, o Curso de Especialização em Saúde Pública (CESP) tem por objetivo formar profissionais interessados no desenvolvimento de habilidades que potencializem o olhar crítico, reflexivo e abrangente sobre a situação de saúde e o contexto político-social, com vistas ao desenvolvimento dos sistemas públicos de saúde. O CESP envolve os departamentos da Escola e conta na coordenação-geral e coordenação das unidades com pesquisadores dos Departamentos de Administração e Planejamento em Saúde (Daps), Ciências Sociais (DCS), Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde (Demqs), Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF) e Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh).

Em sua apresentação, Romulo Paes Sousa, abordou os impactos da austeridade na saúde. Questionou, por exemplo, como pode incidir a austeridade no Brasil em crianças menores de cinco anos.  Romulo citou ainda a questão da apropriação de riquezas nos países e a apropriação da economia no plano internacional. O professor mencionou a questão das crises. Segundo ele, desde 1900 até 2010 algumas crises econômicas afetaram o mundo, em 1929 foi a pior delas. No âmbito da apropriação de riquezas, Romulo garantiu que dependendo do local onde uma pessoas nasça, ela nasce com bônus e larga à frente de muitos outros. O professor apontou ainda para o crescimento da pobreza e da extrema pobreza no Brasil. Por fim, apontou os principais impactos das políticas de austeridade nos grandes grupos e afirmou que a crise tem impactos na vidas de muitas pessoas, principalmente, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Confira, no vídeo abaixo, a apresentação de Romulo na íntegra.

 

A pesquisadora do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos (Demqs/ENSP), Joice Andrade, também falou sobre os impactos da austeridade na saúde. Joice abordou também a questão da construção de métricas no cenário atual. Segundo ela, por exemplo, em relação a mortalidade, as diferenças socioeconômicas entre os grupos populacionais mostram que há diferença na velocidade de decréscimo entre grupos socioeconômicos. Por fim, Joice apontou que as condições de saúde brasileiras representam o resultado de transição demográfica, com envelhecimento da população e de situação epidemiológica, com tripla carga de doenças. Confira, no vídeo abaixo, a apresentação de Joice na íntegra.
 

 

Finalizando as apresentações o atual diretor do Centro de Relações Internacionais da Fiocruz e ex-diretor da ENSP e da Fundação, Paulo Buss, comentou as apresentações de Joice e Romulo. Em seu primeiro comentário Paulo Buss lembrou a feminização da mão de obra da saúde pública. Em seguida Buss abordou o conceito da determinação social da saúde. Segundo ele, o maior desafio do Curso de Especialização em Saúde Pública é como organizar a ação de cada profissional dentro do setor saúde, diante das exigências do processo saúde doença. Por fim, Buss afirmou que o papel do Estado, no campo da saúde, é não fazer austeridade em tempo de crise. Confira, no vídeo abaixo, a fala de Paulo Buss na íntegra.

 


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